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    Ex-agente do FBI discute implicações de segurança após apagão cibernético

    Segundo Rob D'Amico, mesmo não sendo responsáveis pelo apagão, atores cibernéticos podem observar caso para uma possível ofensiva contra os Estados Unidos

    Tori B. Powellda CNN

    Um ex-agente especial supervisor do FBI afirmou que as implicações de segurança nacional decorrentes do apagão cibernético global de hoje são “maiores do que a maioria das pessoas pensa”.

    Rob D’Amico disse que atores cibernéticos de nações-estado — conhecidos como adversários envolvidos em atividades cibernéticas maliciosas direcionadas, segundo a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura — provavelmente estão observando o que ocorreu durante a pane tecnológica.

    “Eles podem não estar envolvidos no que aconteceu, mas estão observando o que aconteceu, quais foram as reações, os tempos de resposta, como isso foi corrigido, para que, se considerarem uma operação cibernética ofensiva contra os Estados Unidos, possam mapear o que foi feito”, disse D’Amico à Erin Burnett da CNN sobre os atores cibernéticos de nações-estado.

    Ele acrescentou que outro problema de segurança nacional poderia ser os atores cibernéticos tentando aproveitar a falha para realizar ataques de phishing.

    A CrowdStrike, empresa por trás do apagão tecnológico, afirmou em um comunicado na sexta-feira (19) que “isso não foi um ataque cibernético” e que a equipe da empresa “está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes da empresa”.

    D’Amico disse que está cético em relação à afirmação da empresa de que o incidente não foi um problema de segurança.

    Apagão cibernético global afetou aeroportos, TVs, bancos e hospitais

    As principais companhias aéreas dos Estados Unidos cancelaram centenas de voos nesta sexta-feira (19), alegando problemas de comunicação, enquanto outras operadoras, empresas de mídia, bancos e companhias de telecomunicações em todo o mundo também relataram que falhas no sistema interromperam suas operações.

    American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air suspenderam voos menos de uma hora depois que a Microsoft disse que resolveu a interrupção dos serviços em nuvem, que afetou várias operadoras de baixo custo.

    Na Austrália, a mídia, os bancos e as empresas de telecomunicações sofreram interrupções. Diversos países da Ásia também foram afetados, assim como da Europa.

    Já na Alemanha, uma das maiores instalações de cuidados médicos da Europa, o Centro Médico Universitário Alemão Schleswig-Holstein (UKSH), cancelou todos os procedimentos eletivos nesta sexta-feira, de acordo com um comunicado em seu site.

    Veja imagens dos impactos da pane tecnológico.

    Mais de 4 mil voos cancelados no mundo inteiro

    O número de voos cancelados no mundo nesta sexta-feira (19) após o apagão cibernético global passou de 4 mil, de acordo com o site especializado FlightAware. Já o número de atrasos está em 36,1 mil.

    Sobre voos dentro, para ou fora os Estados Unidos, o número de cancelamentos está em 2,5 mil. De atrasos, 8,1 mil.

    Saiba quais companhias e aeroportos foram os mais afetados pelo problema.

    Veja uma animação com os voos afetados nos Estados Unidos, segundo o site especializado FlightRadar24:

    Timelapse de voos afetados nos Estados Unidos pelo apagão cibernético global

    Timelapse de voos afetados nos Estados Unidos pelo apagão cibernético global / Flightradar24

    Serviço de emergência dos EUA é afetado

    Os serviços de comunicação de emergência foram interrompidos em vários estados dos Estados Unidos após o apagão

    No estado do Arizona, a polícia de Phoenix disse que a quedaafetou o centro de despacho computadorizado 911 (equivalente ao 190 brasileiro) do Departamento de Polícia de Phoenix.

    No Alasca, muitas centrais de atendimento do 911 e outras centrais não emergenciais não estavam funcionando corretamente em todo o estado, informou a Alaska State Troopers em uma publicação no Facebook.

    Tela azul do Windows foi o primeiro sinal do apagão cibernético que atingiu o sistema nesta sexta-feira (19)

    Tela azul do Windows foi o primeiro sinal do apagão cibernético que atingiu o sistema nesta sexta-feira (19) / Harun Ozalp/Anadolu via Getty Images

    Apagão desta sexta pode ser o maior da história

    O apagão cibernético global desta sexta-feira pode ser a “maior interrupção de TI da história”, de acordo com o especialista em segurança cibernética Troy Hunt.

    “Isso é basicamente o que todos nós estávamos preocupados com o Y2K [“bug do milênio”], mas dessa vez realmente aconteceu”, comentou.

    Sistema de saúde no Reino Unido recorre a prontuários físicos

    O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido afirma que o apagão cibernético global causou interrupções na maioria dos consultórios médicos ligados ao sistema de saúde do país.

    “O NHS está ciente de uma interrupção global de TI e de um problema com o sistema de consultas médicas e registros de pacientes”, disse o NHS England nesta sexta.

    Ele disse que tem “medidas de longa data em vigor para gerenciar a interrupção, incluindo o uso de registros de pacientes em papel”.

    Emissora perde sinal

    Sky News, um importante canal de notícias de televisão do Reino Unido, não conseguiu transmitir ao vivo na manhã desta sexta-feira por conta da falha generalizada.

    O presidente executivo da rede, David Rhodes, pediu desculpas aos telespectadores pela interrupção, dizendo que muitas notícias ainda estão disponíveis online.

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