Eventual conflito entre Rússia e Ucrânia será o maior desde a 2ª Guerra, diz cientista
Christopher Garman declara que as hipóteses de combate estão mais prováveis pelos movimentos do presidente russo, Vladimir Putin
O cientista político Christopher Garman da Eurasia Group declarou, nesta quinta-feira (17), em entrevista à CNN, que um eventual conflito entre a Rússia e a Ucrânia seria o maior conflito armado da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que aconteceu entre 1939 e 1945.
Para Garman, as chances de combate, mesmo que mais modesto, não chegando a capital ucraniana Kiev, estão mais prováveis visto os movimentos do presidente russo, Vladimir Putin.
“Esse momento é dramático. Se tivermos de fato um conflito na Ucrânia, será o maior no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial. E quando você inicia um processo como esse, os ricos de causa são imprevisíveis. Achamos que vai ser um conflito limitado”, afirmou Garman.
“Até pelo reconhecimento de Putin que chegando em uma invasão a Kiev, seria muito sangrento, muito perigoso. Acho que ele vai querer evitar isso. Ainda assim, um conflito limitado vai gerar um ambiente geopolítico muito delicado na Europa”, continuou.
![Presença militar russa na fronteira da Ucrânia](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/02/mapa_russia.jpeg?w=1024)
Segundo informações da agência de notícias RIA, o Kremlin acusou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de alimentar a tensão ao dizer que espera que a Rússia invada a Ucrânia dentro de dias.
Desde 10 de fevereiro o exército russo faz exercícios militares na fronteira entre os países e declaram que “são de natureza defensiva”. O país nega planejar um ataque e diz que tem o direito de mover suas tropas como achar melhor em seu próprio território e no de seus aliados com a concordância deles.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou que as forças russas estão se preparando para lançar um ataque contra a Ucrânia nos “próximos dias”.
Blinken acrescentou que a Rússia planeja fabricar um pretexto para um ataque a seu vizinho que poderia incluir um ataque falso ou real usando armas químicas.
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Os presidentes Joe Biden, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, se encontraram em 16 de junho, em Genebra, na Suíça
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O então presidente dos EUA, Donald Trump, e Putin se reuniram no encontro do G20, em Osaka, no Japão, em junho de 2019
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O presidente americano Barack Obama e o presidente da Rússia Dmitry Medvedev durante evento sobre segurança nuclear na Coreia do Sul, em 2012
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O presidente americano Bill Clinton ri de piada de Boris Yeltsin durante evento em Nova York, em 1995
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Na Casa Branca, o líder soviético Mikhail Gorbachev e o presidente americano George HW Bush, em 1990
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O presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gobachev, em Genebra, em 1985
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O presidente dos EUA Gerald Ford e o premiê soviético Leonid Brezhnev, no Encontro de Vladvostok, em 1974
Crédito: David Hume Kennerly/Getty Images - 8 de 11
Brinde entre o líder soviético Leonid Brezhnev e o presidente americano Richard Nixon, em 1973
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O líder soviétivo Alexei Kosygin e o presidente dos EUA, Lyndon Johnson, jantando juntos, em 1967
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Winston Churchill, do Reino Unido, o presidente americano Franklin Roosevelt e o líder soviético Joseph Stalin, durante a Conferência de Yalta, em 1945
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O líder soviético Joseph Stalin e o presidente americano Harry Truman, durante a Conferência de Potsdam, em 1945
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(*Com informações da Reuters)