Eventos climáticos respondem por metade das mortes por desastres, diz ONU
Dados fazem parte de atlas que está sendo feito pelo braço das Nações Unidas para o clima mapeando os grandes desastres dos últimos 50 anos no mundo
Eventos climáticos extremos, como enchentes, secas, tempestades e calor extremo, foram a maior causa de desastres no mundo dos últimos 50 anos, os que mais mataram, que mais deram prejuízos e estão ficando cada vez mais frequentes.
São estas as principais conclusões preliminares de um atlas que está sendo elaborado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, mapeando os grandes eventos meteorológicos que atingiram o planeta as últimas décadas.
O estudo completo está previsto para ser divulgado em setembro. As informações foram divulgadas pelo Fórum Econômico Mundial.
De acordo com o levantamento da OMM, metade dos grandes desastres globais registrados nos últimos 50 anos estavam ligados aos eventos climáticos, numa lista que inclui também, por exemplo, acidentes industriais e derramamentos de petróleo.
Do total de mortes causadas por todos esses desastres, 45% estava ligado aos desastres naturais, que respondem também por 74% dos bilionários prejuízos deixados por eles.
As secas, por exemplo, mataram 650 mil pessoas nas últimas cinco décadas; tempestades levaram outras 577 mil vidas e mais 69 mil morreram em enchentes. Temperaturas extremas foram responsáveis pela morte de 55 mil pessoas em todo o mundo.
O prejuízo total calculado por todos eles é de US$ 521 bilhões (R$ 2,7 trilhões) – um dos mais custosos, pelos dados da OMM, aconteceu em 2002 na Alemanha, quando uma série de enchentes deixou um rastro de destruição estimado em US$ 16,4 bilhões.