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    “Europa dizia que 2ª Guerra não se repetiria; provem”, diz ministro ucraniano

    Em coletiva, Dmytro Kuleba reforçou pedidos do país de se unir à União Europeia e de fechar o espaço aéreo com ajuda da Otan

    Juliana Eliasda CNN* , em São Paulo

    O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou neste sábado (5) a demora dos países europeus e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em dar maior apoio tanto militar quando diplomático ao país no combate à invasão russa, e também pediu urgência à comunidade internacional nos esforços em pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a um cessar-fogo.

    “Todos os líderes europeus na cerimônias ao redor do mundo repetiram várias vezes que não permitiram que uma Segunda Guerra Mundial se repetisse (…). Se dizem que algo parecido nunca mais acontecerá, provem o que disseram no passado e mostrem que a violência na Ucrânia pode ser interrompida antes que se torne uma guerra ainda mais indefensável”, disse Kuleba.

     

    O chanceler ucraniano também voltou a reforçar a vontade do país em se integrar à União Europeia, inclusive como maneira de se proteger do atual conflito.

    “Isso enviaria uma mensagem muito clara para a Rússia de que a União Europeia nos vê como parte deles e de que qualquer coisa que Putin queira fazer não vai impedir que o povo ucraniano seja parte da União Europeia”, afirmou.

    Kuleba também disse que era frustrante que a Otan se recusasse a impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.

    “Infelizmente, devo dizer que, devido à decisão [da Otan] de não estabelecer uma zona de exclusão aérea mais civis serão mortos pela forças de ataque russas, e mais sangue será derramado.”

    O chanceler falou em uma coletiva de imprensa neste sábado após se encontrar com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na fronteira da Ucrânia com a Polônia  para discutir os esforços ocidentais de apoio à Ucrânia e isolamento à Rússia, na esperança de encerrar a guerra de 10 dias.

    Ele afirmou que espera que os resultados do encontro sejam implementados nos próximos dias, incluindo novas sanções à Rússia e mais armas para a Ucrânia.

    Em um pronunciamento na televisão, também neste sábado, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia reafirmou que seu país queria sanções mais fortes contra a Rússia.

    Elas incluem, entre outros, banir o banco russo Sberbank do Swift, fechar portos europeus para navios russos, fechar o acesso da Rússia à criptomoeda e interromper as compras de petróleo russo”, disse Kuleba.

    Durante a mensagem, Kuleba elogiou a coragem “admirável” de “manifestantes pacíficos” na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, que “se manifestaram diante de invasores russos armados”, dizendo-lhes que “são ucranianos e sua cidade pertence à Ucrânia”.

    “A mensagem do heroico povo ucraniano é simples”, disse ele. “Russos, vão para casa. Vocês estão em terra estrangeira onde ninguém precisa de vocês. E ninguém os recebe com flores. Putin, deixe a Ucrânia em paz. Vocês não vão vencer esta guerra”, enfatizou Kuleba durante a breve mensagem.

    *Com Reuters e Niamh Kennedy, da CNN

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