EUA tomam medidas contra programas de mísseis e drones do Irã após fim de sanções da ONU
Esforços surge no meio de novas críticas norte-americanas contra o Irã por apoiar o Hamas, grupo radical islâmico que realizou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro
Os Estados Unidos tomaram uma série de medidas nesta quarta-feira (18) para sinalizar que o programa de mísseis do Irã continuará restrito mesmo após o fim das sanções do Conselho de Segurança da ONU, numa tentativa de conter a possibilidade de transferência de drones iranianos para a Rússia.
A Rússia disse na terça-feira (17) que as transferências de tecnologia de mísseis para o Irã não precisarão mais da aprovação do Conselho de Segurança a partir desta quarta-feira, quando as sanções da ONU expiram, sem dizer se planeja passar a apoiar o desenvolvimento de mísseis de Teerã, capital iraniana.
O esforço dos EUA para limitar os programas de mísseis e drones do Irã surge no meio de novas críticas norte-americanas contra Teerã por apoiar o Hamas, grupo radical islâmico que realizou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro, no qual cerca de 1.400 pessoas morreram.
O vencimento das sanções da ONU se enquadra numa cláusula de “caducidade” do extinto acordo nuclear com o Irã de 2015, que permitiu um alívio das sanções norte-americanas, da União Europeia e da ONU contra o Irã, em troca da limitação do seu programa nuclear.
O ex-presidente dos EUA Donald Trump abandonou este acordo em 2018 e restabeleceu as sanções dos EUA ao Irã.
Embora os esforços do governo do atual presidente dos EUA, Joe Biden, para retomar as restrições do acordo ao programa nuclear do Irã tenham falhado, as sanções da ONU ainda estão sujeitas ao vencimento, conforme previsto no acordo.
O Departamento do Tesouro dos EUA disse que impôs sanções a 11 indivíduos, oito entidades e uma embarcação que permitem os “programas desestabilizadores de mísseis balísticos e veículos aéreos não tripulados do Irã”.
Os Estados Unidos também emitiram um comunicado às empresas na intenção de impedir que tecnologias de dupla utilização cheguem a operadores iranianos.