Análise: EUA terão semana história na política; veja os principais eventos
Norte-americanos verão início da nova legislatura do Congresso, disputas de 2º turno na Geórgia para vagas no Senado e contagem de votos do Colégio Eleitoral
O 117º Congresso dos Estados Unidos foi empossado no domingo (3), antes de uma semana crítica em Washington que verá decisão sobre o equilíbrio de poder no Senado – ao mesmo tempo em que um grupo de republicanos se engaja em uma tentativa fútil contra a clara vitória do presidente eleito Joe Biden no Colégio Eleitoral.
Como disse o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, “dizer que o 117º Congresso [dos EUA] se reunirá em um momento desafiador seria, de fato, um eufemismo”.
Aqui estão os principais fatos desta semana:
• Segunda-feira, 4 de janeiro
O primeiro dia completo no Capitólio para o 117º Congresso. É preciso lembrar que essa legislatura é um pouco diferente da anterior.
Os democratas mantiveram o controle da Câmara nas eleições de novembro, mas terão uma maioria menos folgada depois de sofrer uma série de derrotas, apesar das projeções de que ganhariam mais cadeiras.
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Nancy Pelosi manterá seu cargo de presidente da Câmara depois de obter votos suficientes para a reeleição ao cargo, no domingo.
Enquanto isso, os republicanos da Câmara superaram as expectativas e agora estão prontos para adicionar um número significativo de mulheres às suas fileiras no novo Congresso.
No Senado, o equilíbrio de poder não será determinado até terça-feira, no mínimo.
• Terça-feira, 5 de janeiro
Todos os olhos se voltam para a Geórgia, onde duas eleições de segundo turno para o Senado determinarão qual partido controlará a Câmara Alta do Congesso.
Se algum dos republicanos atualmente no cargo – os senadores Kelly Loeffler e David Perdue – mantiver seus assentos, o partido manterá o controle da Casa.
Se os adversários democratas Jon Ossoff e o reverendo Raphael Warnock prevalecerem, no entanto, os democratas ganharão o controle do Senado graças ao voto de desempate da vice-presidente eleita Kamala Harris.
Uma média das pesquisas recentes da Geórgia mostram que as duas disputas estão dentro da margem de erro e não é possível prever o vencedor, escreve Harry Enten da CNN.
Na disputa pelo mandato de seis anos, Ossoff está com 49% contra 48% de Perdue. Na eleição especial do Senado, Warnock está com 50% contra 48% de Loeffler.
• Quarta-feira, 6 de janeiro
“Quarta-feira, 6 de janeiro, é um dia repleto de significado”, escreveu Pelosi em uma carta aos democratas em antecipação à reunião de ambas as câmaras para contar os votos do Colégio Eleitoral.
Geralmente uma cerimônia protocolar, o processo está prestes a ser definido por uma tentativa inútil dos republicanos do Congresso de negar a vitória de Biden nas eleições.
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Uma dúzia de senadores republicanos – alguns dos quais prestaram juramento no domingo – anunciaram que votarão contra a contagem dos votos eleitorais para Biden. E pelo menos 140 republicanos da Câmara devem se juntar a seus colegas do Senado no esforço, de acordo com dois membros do partido.
A jogada, porém, está condenada ao fracasso e vale a pena repetir que as alegações que motivaram essas objeções não são baseadas na realidade.
Não houve alegações críveis de quaisquer problemas com a votação que teriam impactado a eleição presidencial nos EUA, conforme afirmado por dezenas de juízes, governadores e funcionários eleitorais, pelo Colégio Eleitoral, pelo Departamento de Justiça, pelo Departamento de Segurança Interna e pelo Supremo Tribunal dos EUA.
• Quinta-feira, 7 de janeiro
As deliberações sobre a votação do Colégio Eleitoral podem entrar nas primeiras horas da manhã de quinta-feira. Para cada objeção estadual, a Câmara e o Senado devem debater separadamente por duas horas e realizar uma votação.
Em última análise, esse é o único resultado processual do espetáculo de subversão do Partido Republicano. O Congresso inevitavelmente confirmará a vitória de Biden como vencedor do Colégio Eleitoral e próximo presidente dos EUA.
Biden fará o juramento de posse ao meio-dia (hora local) em 20 de janeiro e iniciará oficialmente seu mandato como presidente dos Estados Unidos.
O evento será significativamente reduzido e o comitê da posse de Biden está pedindo às pessoas que não viajem para o evento.
“Nosso objetivo é fazer uma cerimônia de posse que mantenha as pessoas seguras, honre as grandes tradições da Presidência e mostre a visão americana renovada da administração Biden-Harris para uma cidadania inclusiva, igualitária e unificada”, disse o CEO do comitê, Tony Allen, em um comunicado.
(Texto traduzido; leia o original em inglês)