EUA: Senado aprova resolução que permite avanço do pacote de auxílio de Biden
Democratas buscam implementação do programa de US$ 1,9 trilhão de auxílio para a Covid-19
O Senado dos Estados Unidos aprovou uma resolução orçamentária na manhã desta sexta-feira (5) – uma etapa processual fundamental que estabelece a capacidade dos democratas de aprovar o pacote de US$ 1,9 trilhão de auxílio para a Covid-19 do presidente Joe Biden sem a ameaça de obstrução dos republicanos que se opõem a ele.
A medida foi aprovada por 51 a 50 na votação do partido, mas somente ocorreu após a vice-presidente Kamala Harris apareceu no Capitólio para desempatar.
A votação seguiu após horas de negociação e discussão de emendas em um ritual exaustivo conhecido como “vote-a-rama”, quando os senadores podem teoricamente oferecer quantas emendas desejarem à resolução orçamentária. Essas emendas servem em grande parte como uma forma de cada um forçar o outro lado no registro sobre questões controversas, e a maioria das emendas do Partido Republicano foram rejeitadas.
Mas o processo também destacou algum consenso bipartidário. Uma das emendas mais significativas veio de um grupo bipartidário de senadores, liderado pelo senador democrata Joe Manchin da Virgínia Ocidental e pela senadora republicana Susan Collins do Maine, que impediria que “contribuintes de alta renda” fossem elegíveis para receber cheques de isenção de US$ 1.400 para auxílio da Covid-19.
Em uma questão observada de perto, o senador republicano Joni Ernst, de Iowa, ofereceu uma emenda para evitar um aumento no salário mínimo para US$ 15 por hora durante uma pandemia. Os democratas querem incluir um salário mínimo de US$ 15 no projeto de resgate econômico da Covid-19, mas sua medida poderia ter sido complicada para os membros de centro – como Manchin, que tem uma posição diferente da maioria de seus colegas e apoia um aumento mais modesto no salário mínimo.
Mas antes que uma votação nominal fosse convocada, o senador Bernie Sanders, senador Independente de Vermont e que é o presidente do Comitê de Orçamento e um defensor do salário mínimo de US$ 15, interveio e disse que sua proposta realmente daria um salto para US$ 15 em cinco anos, não imediatamente como Ernst havia formulado em sua emenda. Com isso, sua emenda foi rapidamente adotada por consentimento unânime.