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    EUA prometem aumentar assistência a afro-americanos, latinos e asiáticos

    Grupo é o que mais morre vítima da COVID-19 no país; desproporção faz Trump prometer olhar para o problema com mais atenção

    Marcelo Favalli

    Nos últimos dois dias, surgiram dados que mostram que afro-americanos, latinos e asiáticos são os que mais morrem vítimas da COVID-19, nos Estados Unidos. A taxa mais impressionante é na Louisiana, onde 70% das mortes pela doença são de negros; e a raça representa apenas 32% da população do estado.

    A desproporção fez com o presidente Donald Trump prometesse olhar para o problema com mais atenção. Mas, por enquanto, a Casa Branca apenas prometeu aumentar a assistência às minorias. 

    Em Nova York, a situação se repete, embora em menor proporção. Nesta quarta-feira (8), o governador Andrew Cuomo apresentou dados referentes à maior cidade do estado. Afro-americanos e latinos representam 51% população da metrópole, mas são 62% do saldo de vítimas de coronavírus na cidade.

    Diante do resultado, o governo estadual anunciou um estudo para desenvolver políticas de maior atenção social a esses grupos. Ele também anunciou o pagamento de 600 dólares semanais para nova-iorquinos que tenham ficado desempregados por causa da epidemia. O benefício vai durar por quatro meses, e amplia o programa de assistência federal, sancionado pelo presidente Trump na semana passada.  

    A boa notícia é que os números indicam recuo da doença no estado de Nova York. Ontem, houve 586 internações, por conta da COVID-19. Por outro lado, houve um recorde no número de mortos em apenas um dia: 779.

    Cuomo explica que a contradição dos dados é por conta dos longos períodos que alguns pacientes graves passam na UTI. Ou seja, os mortos dos últimos dias são pessoas que estavam doentes há mais de uma semana.

    Hoje, a média de altas hospitalares é maior que a quantidade de admissões. O saldo está desafogando – pelo menos um pouco – a sobrecarga no sistema de saúde. O governador insiste que a manutenção dos hábitos de higiene e o afastamento social ainda são os melhores recursos para manter a ritmo de diminuição da doença em Nova York.