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    EUA não vão se unir ao esforço mundial para uma vacina contra Covid-19

    Segundo a Casa Branca, motivo é a iniciativa estar vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS)

    Os Estados Unidos não vão participar do esforço internacional para desenvolver e distribuir uma vacina contra o novo coronavírus. O motivo é a iniciativa estar vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), disse a Casa Branca nessa terça-feira (2).

    A decisão, que chega em um momento crítico da resposta do país contra a Covid-19, – já que supera os 6 milhões de casos da doença –, mantém os EUA afastados das mais de 170 nações envolvidas na iniciativa Covax, que trabalha para conceder acesso mundial a uma vacina eficaz.

    “Os EUA vão continuar envolvidos com nossos sócios internacionais para garantir que vamos derrotar esse vírus, mas não nos veremos limitados por organizações multilaterais influenciadas pela corrupta Organização Mundial da Saúde e a China”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, em um comunicado.

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    “Este presidente não vai economizar nos gastos para garantir que qualquer nova vacina mantenha o padrão de ouro de nossa própria Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês) quanto à segurança e à eficácia, seja completamente testada e salve vidas”, disse ele. 

    Aposta na iniciativa norte-americana 

    Além de ressaltar a desconfiança do presidente dos EUA, Donald Trump, frente às alianças globais e, em particular, as críticas dele à OMS, a decisão marca uma aposta na Operação Warp Speed (Máxima Velocidade), o esforço do governo federal norte-americano para acelerar o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e outras medidas para combater a pandemia.

    Duas vacinas contra Covid-19 estão na fase 3 dos testes clínicos nos EUA (fabricadas pelas companhias Moderna e Pfizer/BioNTech), e espera-se que outras duas entrem nesse nível de estudos em meados de setembro.

    “Sob a liderança do presidente Trump, a investigação, o desenvolvimento e os ensaios de vacinas e terapias têm avançado a uma velocidade sem precedentes para oferecer medicamentos inovadores e eficazes, impulsionados por dados e segurança, e não impedidos pela burocracia governamental”, afirmou Deere.

    Trump culpa China e OMS por pandemia

    Trump, que durante muito tempo evitou as alianças e instituições globais, culpa cada vez mais outras entidades, como a China e a OMS, pela pandemia atual, em meio às críticas da resposta de sua própria gestão à crise nos EUA.

    Em julho, o governo Trump notificou o Congresso e as Nações Unidas de que os EUA estavam se retirando formalmente da OMS, contaram diversos funcionários à CNN.

    A retirada, que entrará em vigor em julho de 2021, gerou críticas de legisladores bipartidários, associações médicas, organizações de defesa e aliados no exterior. O candidato democrata à presidência norte-americana, Joe Biden, prometeu anteriormente reverter a decisão “em seu primeiro dia” no cargo, se for eleito. 

    Os críticos vêm questionando se a OMS é suficientemente independente, dada a crescente riqueza e poder da China. Eles destacam o efusivo elogio da agência à resposta de Pequim à pandemia do novo coronavírus.

    Os funcionários da OMS defendem as primeiras ações em resposta à doença, já que muitas informações sobre o vírus ainda eram desconhecidas em janeiro.

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em espanhol.)

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