EUA não vão apoiar operação de Israel em Rafah sem planos para civis
Declaração foi dada pelo Departamento de Estado americano
Os Estados Unidos não apoiariam uma operação militar israelense em Rafah “sem um planejamento sério” em torno dos mais de um milhão de civis deslocados, disse o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel.
“Conduzir tal operação agora, sem planejamento e pouca reflexão, em uma área onde há abrigo para um milhão de pessoas, seria um desastre”, disse Patel em entrevista coletiva na quinta-feira (8).
Patel disse que os EUA não apoiariam tal operação militar sem planejamento “no que se refere aos mais de um milhão de pessoas que estão abrigadas lá, bem como sem considerar os impactos na assistência humanitária e na partida segura de cidadãos estrangeiros”.
O porta-voz acrescentou que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, deixou isso claro ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em reuniões em Israel na quarta-feira (7).
Questionado sobre para onde poderiam ir as mais de um milhão de pessoas em Rafah, dado que não podem regressar ao norte de Gaza e à ação militar que acontece no Sul, Patel disse: “Estas são questões legítimas que acreditamos que Israel deveria responder”.
Patel afirmou que “ainda não foram vistas quaisquer evidências de planejamento sério para tal operação” em Rafah.
Apesar dos repetidos acompanhamentos, ele não deu detalhes sobre estas “evidências” ou se ela veio do briefing de Blinken com o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, e outros altos funcionários na quarta-feira.
Netanyahu disse publicamente na quarta-feira que “as Forças de Defesa de Israel estão se preparando para lutar em Rafah”.
