EUA não irão definir prazo para retirar pessoas do Afeganistão, diz secretário
Talibã definiu o prazo de 31 de agosto para retirada de forças ocidentais do Afeganistão
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O secretário de Estado dos EUA, Tony Blinken, disse que o país está a caminho de concluir sua missão no Afeganistão até 31 de agosto, mas as autoridades estão fazendo planos para fornecer apoio e facilitar as partidas após essa data também. O Talibã definiu a data como prazo final para a retirada de forças ocidentais e afirmou que não haveria extensão do período.
“Deixe-me ser muito claro sobre isso: não há prazo em nosso trabalho para ajudar os cidadãos norte-americanos restantes que decidirem que querem partir, junto com os muitos afegãos que nos apoiaram ao longo desses anos e querem partir e não foram capazes de fazê-lo. Esse esforço continuará todos os dias após 31 de agosto”, declarou Blinken.
Blinken ainda disse que o Talibã assumiu compromissos públicos e privados para permitir a passagem segura de americanos e afegãos em risco que pretendam deixar o Afeganistão.
“Os Estados Unidos, nossos aliados e parceiros, e mais da metade dos países do mundo, 114 ao todo, emitiram uma declaração deixando claro para o Talibã que eles têm a responsabilidade de manter esse compromisso e fornecer passagem segura para qualquer um que deseje deixar o país –não apenas para a duração de nossa missão de evacuação e realocação– mas para todos os dias depois disso. E estamos desenvolvendo planos detalhados de como podemos continuar a fornecer apoio consular e facilitar as partidas para aqueles que desejam partir depois de 31 de agosto”, explicou.
“As pessoas que querem deixar o Afeganistão depois que os militares dos EUA partem devem ser capazes de conseguir. Juntos, faremos tudo o que pudermos para ver que as expectativas sejam atendidas”, disse Blinken.
Blinken também destacou o perigo do esforço de evacuação atual, observando que “estamos operando em um ambiente hostil em uma cidade e país agora controlados pelo Talibã com a possibilidade muito real de um ataque do ISIS-K.”