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    EUA matam líder do Estado Islâmico em operação na Síria; crianças também foram mortas

    De acordo com comunicado do presidente Joe Biden, o iraquiano Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto; fontes no local dizem que ao menos 13 morreram durante ação, incluindo seis crianças

    Oren LiebermannEyad Kourdida CNN , Em Washington

    As Forças Especiais dos EUA conduziram “com sucesso” uma “missão de contraterrorismo” no noroeste da Síria na noite desta quarta-feira (2) matando o líder do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, anunciou o presidente Joe Biden na manhã desta quinta-feira (3).

    Foi o maior ataque dos EUA no país desde a operação de 2019 que matou o então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

    Fontes no local reportaram várias mortes. Pelo menos 13 pessoas foram mortas em confrontos ocorridos durante e após o ataque – incluindo seis crianças e quatro mulheres – de acordo com a ONG de defesa civil que opera no país, os “Capacetes Brancos”.

    Não houve baixas nos EUA, de acordo com o Pentágono.

    O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, disse em comunicado na noite de quarta-feira que a missão foi conduzida pelo Comando Central dos EUA (Centcom), que controla as operações e atividades militares no Oriente Médio.

    “Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis”, disse o comunicado.

    A declaração de três frases do Pentágono não revelou um alvo para a missão de operações especiais ou se havia qualquer indicação de vítimas civis.

    Mas testemunhas e equipes de resgate disseram à CNN que bombardeios e explosões precederam a chegada de forças dos EUA logo após a meia-noite e atingiram uma casa na área de fronteira sírio-turca de Atmeh, no enclave rebelde de Idlib.

    Uma testemunha em Atmeh, que pediu para não ser identificada por razões de segurança, disse que tiros de metralhadora foram disparados de pelo menos três helicópteros sobrevoando, seguidos por uma explosão alguns minutos depois.

    A área tem uma forte presença das forças Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), que anteriormente eram afiliadas à Al Qaeda.

    “Ouvi de longe uma pessoa que fala árabe com sotaque iraquiano pedindo que as famílias evacuem a área porque assim ficariam seguras”, disse a testemunha. “Vi de longe que havia metralhadoras atirando do chão em direção aos helicópteros.”

    A testemunha disse que dois dos três helicópteros que viu pousaram uma hora após o início dos confrontos. “Por volta das 3h20, os helicópteros partiram e vi uma luz distante que parecia um incêndio”, disse a testemunha.

    A testemunha também disse que ouviu o que soou como ataques de drones e disse que as forças do HTS estavam impedindo a entrada de civis na área.

    A CNN entrou em contato com o Comando Central.

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