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    EUA fecham embaixada em Kiev e transferem diplomatas para o oeste da Ucrânia

    Medidas ocorrem dias depois dos EUA anunciarem que os serviços consulares na embaixada seriam suspensos a partir de domingo (13)

    Jennifer HanslerKylie Atwoodda CNN

    O governo americano está fechando a embaixada dos Estados Unidos em Kiev e “realocando temporariamente” o pequeno número de funcionários diplomáticos restantes no país para Lviv, uma cidade no Oeste da Ucrânia, “devido à dramática aceleração no acúmulo de forças russas”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, nesta segunda-feira (14).

    “Ordenei essas medidas por uma razão: a segurança de nossa equipe, e pedimos veementemente a qualquer cidadão americano restante na Ucrânia que deixe o país imediatamente”, disse Blinken em comunicado.

    “Essas precauções prudentes não prejudicam de forma alguma nosso apoio ou nosso compromisso com a Ucrânia. Nosso compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia é inabalável”, complementou.

    “Também continuamos nossos esforços sinceros para alcançar uma solução diplomática e continuamos engajados com o governo russo após a ligação do presidente Biden com o presidente Putin e minha discussão com o ministro das Relações Exteriores Lavrov”.

    “O caminho para a diplomacia continua disponível se a Rússia optar por se engajar de boa fé. Estamos ansiosos para devolver nossa equipe à embaixada assim que as condições permitirem”, acrescentou Blinken.

    As medidas ocorrem dias depois que os EUA ordenaram que a grande maioria dos funcionários do governo do país deixasse a Ucrânia e anunciaram que os serviços consulares na embaixada dos EUA seriam suspensos a partir de domingo (13).

    O Departamento de Estado disse neste fim de semana que manteria uma pequena presença consular em Lviv para serviços de emergência.

    Autoridades dos EUA pediram repetidamente aos cidadãos americanos que deixem a Ucrânia imediatamente, alertando que uma invasão russa pode ocorrer a qualquer momento, inclusive nesta semana.

    “O que estamos tentando fazer publicamente é ser transparente para os cidadãos americanos de que eles devem deixar a Ucrânia imediatamente, porque não haverá uma evacuação militar no caso de uma invasão”, disse o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan no programa “Estado da União”, da CNN, no domigo.

    “E estamos tentando dizer aos ucranianos para se prepararem e estarem prontos para isso também, bem como coordenar com nossos aliados e parceiros da OTAN, para que possamos defender o território aliado e impedir qualquer nova agressão russa caso eles avancem na Ucrânia,” ele adicionou.

    Em uma entrevista a repórteres no sábado (12), um alto funcionário do Departamento de Estado disse que eles estavam “planejando tentar manter as funções centrais de nossa embaixada o maior tempo possível com um número reduzido de pessoas”. Este funcionário disse que diplomatas dos EUA se livraram de informações confidenciais nos últimos dias em preparação para a retirada da embaixada.

    A preocupação com a segurança dos diplomatas dos EUA aumentou nos últimos dias, especialmente porque funcionários do governo Biden disseram que a Rússia poderia começar sua invasão com bombardeios aéreos e mísseis, o que poderia matar civis indiscriminadamente. Kiev também fica a apenas duas horas da fronteira Ucrânia-Bielorrússia, onde a Rússia continuou a aumentar sua presença com tropas.

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