EUA estão prontos para aceitar refugiados ucranianos, diz Casa Branca
Ainda assim, governo americano acredita que o maior fluxo de pessoas será para outros países da Europa
Os Estados Unidos estão prontos para aceitar refugiados ucranianos e o governo está preparado para ajudar os países europeus vizinhos à Ucrânia a lidar com o aumento do fluxo de refugiados após a invasão russa, disse, nesta quinta-feira (24), a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
“Estamos”, disse Psaki quando perguntada por MJ Lee, da CNN, se os EUA estavam preparados para aceitar refugiados ucranianos, acrescentando: “Mas certamente esperamos que a maioria queira ir para a Europa e países vizinhos. Também estamos trabalhando com países europeus sobre quais são as necessidades, onde há capacidade. A Polônia, por exemplo, onde estamos vendo um fluxo crescente de refugiados nas últimas 24 horas”.
Ela adicionou: “Estamos conversando e nos envolvendo com os europeus sobre isso há algum tempo”.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh,