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    EUA coordenarão com Israel resposta ao ataque de mísseis do Irã

    Ofensiva acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah

    Kylie Atwoodda CNN*

    O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, destacou que os EUA planejam discutir as consequências do ataque do Irã contra Israel “com os homólogos israelenses antes de falar sobre [isso] publicamente”.

    “Isso não quer dizer que estou descartando nada, mas eu responderia a qualquer pergunta desta forma, ou seja, queremos ter essas conversas diretamente com nossos homólogos israelenses nos próximos dias”, comentou Miller em resposta a uma pergunta da CNN.

    O porta-voz concordou com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, ao afirmar que o país coordenará a resposta com Israel, chamando o ataque de “uma escalada significativa”. Ele também pontuou que haverá consequências.

    “É claro que deve haver consequências para o Irã após este ataque. Deixamos claro que deve haver consequências. Não vou entrar em detalhes sobre quais são essas consequências hoje, mas estaremos coordenando com nossos homólogos israelenses”, declarou Miller em entrevista coletiva nesta terça.

    Ele ressatou que o ataque com mísseis foi derrotado em parte devido à coordenação entre os EUA, Israel e parceiros. Miller não especificou quais outros países.

    Questionado se Israel escalou o conflito nas últimas semanas, Miller argumentou que Israel “certamente fez coisas para expandir o conflito, mas se olharmos para as ações que tomaram, eles estavam levando os terroristas à justiça”.

    Israel assassinou na sexta-feira (27) o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um grande ataque em Beirute, no Líbano.

    Em contraste, ele pontuou que hoje “o Irã saiu em defesa de uma organização terrorista”.

    “Se olharmos para o que o Irã fez hoje – já há algum tempo que alertamos sobre a ameaça representada pelo fato do Irã armar e financiar grupos terroristas em todo o Oriente Médio -, o ataque de hoje apenas demonstra o perigo dessas ações”, continuou Miller.

    “O que vimos foi o Irã lançar um ataque estatal para proteger e defender os grupos terroristas que construiu, alimentou e que controla. Portanto, há uma diferença”, acrescentou.

    Miller também ressaltou que “esta onda de ataque acabou”, complementando que não significa que outras ondas estão chegando. A opinião dos EUA é que seria “incrivelmente escalonável” se o Irã realizar novos ataques em Israel.

    Entenda o conflito no Oriente Médio

    O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.

    A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.

    Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

    A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

    chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.

    Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

    Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

    No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

    Com o aumento nas hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Veja fotos do ataque do Irã

    O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

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