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    EUA condenam “crimes de guerra” após ataque de drone russo atingir prédio em Kiev

    Pelo menos quatro pessoas morreram; entre as vítimas estava uma mulher grávida, segundo o prefeito Vitali Klitschko

    Ataque a prédio em Kiev
    Ataque a prédio em Kiev 17/10/2022 REUTERS/Vladyslav Musiienko

    Pavel PolityukJeff Masonda Reuters

    Os Estados Unidos vão responsabilizar a Rússia por “crimes de guerra”, segundo declarou a Casa Branca, nesta segunda-feira (17), horas após ataques com drones, que mataram pelo menos quatro pessoas em um prédio residencial atingido em Kiev.

    Entre as vítimas estava uma mulher grávida, segundo o prefeito Vitali Klitschko. O ministro do Interior da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, afirmou que houve mortes em outras cidades, mas não forneceu um número total.

    O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky proclamou que houve mais investidas. “Neste momento, há um novo ataque de drone russo. Há [drones] que foram derrubados.”

    A agência de notícias Interfax da Ucrânia noticiou que usuários do Telegram relataram explosões na cidade de Fastiv, nos arredores de Kiev, bem como na cidade portuária de Odessa, no sul.

    As forças russas também atacaram a infraestrutura em toda a Ucrânia na segunda onda de ataques aéreos em uma semana. Foram repetidas as circunstâncias da primeira leva, com as agressões acontecendo no momento em que pessoas se deslocavam para o trabalho e para a escola.

    Soldados ucranianos dispararam para cima tentando derrubar os drones, depois que explosões abalaram Kiev nesta manhã. Um foguete antiaéreo foi visto no céu, seguido por uma explosão e chamas alaranjadas, enquanto os moradores corriam para se abrigar.

    A secretária de imprensa do presidente norte-americano Joe Biden, Karine Jean-Pierre, expôs que a Casa Branca “condena fortemente os ataques com mísseis da Rússia hoje” e que a investida “continua a demonstrar a brutalidade de [presidente russo Vladimir] Putin”.

    Mencionando um novo pacote de ajuda militar de US$ 725 milhões (R$ 3,8 bilhões) anunciado para a Ucrânia na sexta-feira passada, ela disse: “Continuaremos a apoiar o povo da Ucrânia pelo tempo que for necessário.” “Continuaremos a impor custos à Rússia, responsabilizá-los por seus crimes de guerra”, completou.

    Uma fumaça preta saía das janelas do prédio em Kiev e funcionários do serviço de emergência trabalhavam para apagar as chamas.

    “Nunca tive tanto medo… É assassinato, é simplesmente assassinato”, expressou Vitalii Dushevskiy, de 29 anos, um entregador de comida que aluga um apartamento no prédio.

    Perto dali, Elena Mazur, de 52 anos, procurava a mãe, que conseguiu ligar para ela para dizer que estava enterrada sob os escombros.

    “Ela não está atendendo o telefone”, explicou Mazur, esperando que sua mãe fosse resgatada e levada ao hospital.