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    EUA compartilham informação de inteligência com aliados da Otan, diz Kamala Harris

    Vice-presidente americana afirmou ainda que tensão trata de "possibilidade real de guerra na Europa"

    Giovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que os americanos compartilham informações de inteligência sobre a crise entre Ucrânia e Rússia com seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para decisões sobre sanções financeiras contra o país.

    Segundo Harris, que esteve em Munique, na Alemanha, neste domingo (20) para uma conferência de segurança, os anúncios de sanções contra o país de Vladimir Putin caso haja uma investida militar contra a nação vizinha foram tomados em conjunto. Tais anúncios teriam o objetivo principal de dissuadir um ataque de fato – uma decisão que, os EUA sustentam, já teria sido tomada pela Rússia.

    “Acreditamos que Putin fez sua decisão. Ponto final. Mas também digo que, como parte de nossa parceria no contexto da aliança, nós compartilhamos informação, claro, porque queremos ter certeza que todos estamos trabalhando com as mesmas informações para decisões críticas, como as sanções”, declarou. “Nada está sendo contido”, afirmou.

    “Cada nação tem suas prioridades e preocupações individuais sobre sua economia, segurança. Isso é sobre dissuadir a Rússia de invadir uma nação soberana. Todos nós sabemos como se parece uma guerra na Europa e o que significaria para cada um desses países”, complementou a vice-presidente americana.

    “O propósito das sanções sempre foi e ainda é pela dissuasão. Mas também precisamos reconhecer a natureza única do que nós anunciamos: são uma das mais fortes, senão as maiores sanções já anunciadas. São direcionadas a instituições financeiras e indivíduos, e causarão danos graves a economia e ao governo russo”, disse.

    Kamala Harris ainda ressaltou a “possibilidade real de guerra na Europa” ao comentar que os países ainda “acreditam e desejam” uma saída diplomática para o caso. No entanto, ela também afirmou que “admira” o desejo da Ucrânia de se juntar à Otan – um dos pontos críticos da tensão, já que a Rússia não quer que o país fronteiriço se una à aliança militar ocidental.

    “As sanções não são produtos dos EUA apenas, mas compartilhadas com nossos aliados. Concordamos que as sanções de dissuasão ainda são significativas, ainda mais porque nós ainda acreditamos de verdade que haja um caminho diplomático nesse momento”, disse Harris.

    “Nenhum país pode dizer para outro se deveria entrar ou não para a Otan. Respeito o desejo de [Volodymyr] Zelensky. A Otan é sobre nações se unindo como grupo, tomando decisões coletivamente, com princípios, e não acontece do dia para a noite”, completou.

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