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    EUA: Biden dá prosseguimento à transição, enquanto Trump luta contra resultados

    Presidente eleito apresenta site com planos e prioridades para a mudança de governo nos Estados Unidos

    Dan Merica, da CNN



     

    O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, avançaram neste domingo (8) com o planejamento para a transição de governo. Os democratas lançaram um site e estão no preparo de uma equipe para atuar com as agências federais.

    Quatro estados ainda seguem com a contagem dos votos nos Estados Unidos. Joe Biden soma 279 delegados, nove a mais do que o necessário para ser eleito, segundo as projeções da CNN. Ele pode chegar a 306 delegados se confirmar a vantagem nos estados da Geórgia e do Arizona.

    Um membro da equipe de transição afirmou à CNN que, apesar do republicano Donald Trump contestar os resultados eleitorais, inclusive com nova postagem no Twitter neste domingo, o trabalho para preparar a transição segue “a todo vapor”.

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    O democrata Joe Biden em discurso em Wilmington
    O democrata Joe Biden em discurso em Wilmington
    Foto: Kevin Lamarque/Reuters (07.nov.2020)

     

    No site lançado pelo democrata, Biden apresentou quatro prioridades neste momento: plano contra o coronavírus, recuperação econômica, igualdade racial e mudança climática.

    “Em todos os setores, continuaremos a estabelecer as bases para que o governo Biden-Harris possa restaurar a fé e a confiança nas instituições”, afirmou um oficial da equipe de transição.

    A equipe democrata também apresentou canais em outras redes sociais neste domingo com o domínio @transition46 no Facebook, Twitter e Instagram.

    Planos

    O site apresenta um plano de sete pontos para combater o coronavírus, que inclui testes “regulares, confiáveis e gratuitos”, para todos os americanos, uma “distribuição eficaz e equitativa de tratamentos e vacinas”, uma vez disponíveis, e trabalho com governadores e prefeitos para implementar o uso de máscaras em todo o país.

    “O povo americano merece uma resposta urgente, robusta e profissional à crescente crise econômica e de saúde pública gerada pela Covid-19”, diz o site.

    Com relação à igualdade racial, Biden e Harris apresentaram planos econômicos para lidar com a desigualdade. O plano mais abrangente, no entanto, é com relação à reforma da polícia, onde a equipe de transição cita que trabalhará com o Congresso para instituir uma “proibição nacional de estrangulamentos”, criar um “modelo de uso de força padrão” e uma “comissão nacional de supervisão policial”.

    “Chegou o momento de nossa nação lidar com o racismo sistêmico”, afirma o site. “Para lidar com a crescente desigualdade econômica em nossa nação”.

    Biden tem como principal prioridade na transição o combate ao coronavírus, tentando resolver uma questão que dominou a campanha eleitoral.

    Biden pretende anunciar na próxima segunda-feira (9) uma equipe para combate ao coronavírus, anúncio que pretende mostrar a seriedade com que o presidente eleito planeja tratar a pandemia que atingiu números recordes nos Estados Unidos.

    E o republicano deixou claro no site que considera economia e coronavírus ligados um ao outro.

    Para lidar com uma economia em dificuldades, o plano de transição diz que o governo Biden “fornecerá aos governos estaduais a ajuda que precisam para que educadores, bombeiros e outros trabalhadores essenciais não sejam demitidos”, e “estenderá o seguro para ajudar quem está desempregado”.

    O projeto de preparação para o governo Biden está em andamento há meses. É legalmente exigido, apesar de a apuração da eleição ainda estar em andamento. O plano garante que, se houver necessidade de transferência de poder, será possível levantar um governo federal em menos de três meses entre o dia da eleição e o da posse.

    A equipe de Biden começou a trabalhar antes da eleição, chegando a 150 pessoas antes de 3 de novembro. Uma fonte familiarizada com a transição disse à CNN que o esforço pode chegar a até 300 pessoas.

    O risco da transição é alto, dada a pandemia em curso e a crise econômica por causa do vírus, além da possibilidade de Trump se recusar a ceder o poder, o que pode gerar menos tempo para uma transição completa. É tradicional para o presidente em exercício convidar o vencedor da eleição à Casa Branca para discutir uma série de questões, incluindo a transição. E Trump quebrou o protocolo.

    Mesmo assim, a equipe de Biden trabalha nos bastidores com a ajuda de funcionários de Trump. O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e o vice-chefe de gabinete para coordenações políticas, Chris Liddell, estão trabalhando para preparar a transição.

    Texto traduzido, leia o original em inglês na CNN.