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    EUA: 140 deputados republicanos devem votar contra contagem de votos eleitorais

    Aliados de Trump têm poucas chances de mudar resultado, mas podem adiar por algumas horas a confirmação inevitável da vitória de Biden

    O presidente eleito dos EUA, Joe Biden
    O presidente eleito dos EUA, Joe Biden Foto: Jonathan Ernst - 29.dez.2020 / Reuters

    Dois republicanos membros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos disseram nessa quinta-feira (31) à CNN que esperam que ao menos 140 dentre todos os colegas do partido na Casa votem contra a contagem dos votos eleitorais no dia 6 de janeiro, quando o Congresso espera certificar a vitória do presidente eleito, o democrata Joe Biden.

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    Os aliados do atual presidente, Donald Trump, têm tecnicamente zero chances de mudar o resultado, mas podem conseguir adiar por algumas horas a confirmação inevitável de Biden como vencedor no Colégio Eleitoral e, assim, próximo líder do país.

    Não há confirmações de qualquer problema com relação aos votos que poderiam impactar as eleições, como já afirmado por dezenas de juízes, governadores, funcionários eleitorais, o Colégio Eleitoral, o Departamento de Justiça, o Departamento de Segurança Interna e a Suprema Corte do país.

    Mas Trump está determinado a alegar que não perdeu a votação, e muitos políticos republicanos ou compartilham dessa ilusão ou têm medo da ira dele, mesmo que isso signifique votar para minar a democracia.

    Para isso, é preciso que um deputado e um senador apresentem uma objeção quando o Congresso contar os votos. O senador republicano Josh Hawley, do Missouri, disse nessa quarta-feira (30) que vai se opor à contagem, o que forçará os legisladores de ambas as Casas a votarem se aceitam os resultados da vitória de Biden. Outros senadores ainda podem se unir a esse esforço, o qual o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, pede aos republicanos nos bastidores que não o façam.

    Pressão

    Trump vem pressionando o Congresso para tentar reverter os resultados da eleição, já que as tentativas para isso da campanha dele nos tribunais foram repetidamente rejeitadas.

    O senador Ben Sasse, de Nebraska, se manifestou contra essa estratégia – e a cumplicidade de alguns colegas republicanos – no Facebook, e pediu a eles que “rejeitem” o esforço de se opor ao processo de certificação.

    “O presidente e seus aliados estão brincando com fogo”, escreveu Sasse. “Eles têm pedido – primeiro aos tribunais, depois às legislaturas estaduais e agora ao Congresso – para reverter os resultados de uma eleição presidencial. Eles pediram, sem sucesso, a juízes e agora pedem a detentores de cargos oficiais que invalidem milhões e milhões de votos. Se você faz grandes alegações, é bom ter evidências. Mas nem o presidente e nem os membros incendiários institucionais do Congresso que vão se opor ao voto do Colégio Eleitoral o têm.”

    Entre os mais de uma dúzia de deputados republicanos que já disseram publicamente que votarão contra a contagem dos votos na próxima semana estão: Mo Brooks, do Alabama, que lidera o esforço, Jody Hice, da Geórgia, Jeff Van Drew, de New Jersey, Joe Wilson, da Carolina do Sul, além de oito parlamentares da Pensilvânia.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)