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    “Eu fingi estar morto”: sobrevivente descreve como resistiu ao ataque do Hamas em festival

    Aviv Oz se escondeu no fundo de uma piscina de concreto vazia e ouviu risadas dos integrantes do Hamas

    Jillian Sykesda CNN

    “Provavelmente não conseguirei sair daqui. Eu te amo com todo o meu coração.”

    Esse foi o texto que o israelense-norte-americano Aviv Oz enviou à sua namorada enquanto se escondia, imóvel, por horas durante o massacre em um festival de música comandado pelo Hamas.

    Oz, de 34 anos, trabalhava como artista visual no festival Nova no último sábado (7), quando a música foi subitamente substituída pelo som de alarmes estridentes.

    Como muitos outros, Oz e seus amigos correram instintivamente para seus carros a fim de escapar, mas rapidamente se formou um engarrafamento. Momentos depois, tiros e gritos ecoaram de diferentes direções. Então, o “caos completo” começou, disse ele.

    “Era como uma cena de Call of Duty, de um campo de batalha. Um pesadelo da vida real”, explicou Oz.

    Depois de decidir abandonar o carro e fugir, Oz foi separado de seus amigos e se viu pulando no fundo de uma piscina de concreto vazia. Antes que seu telefone ficasse sem bateria, ele conseguiu enviar algumas mensagens para seus entes queridos.

    “Pelo que entendi, eu iria morrer e precisava me despedir”, disse Oz à CNN.

    “Quando decidi deitar e esperar pela minha morte, pude ver os terroristas passando”, citou. Ele podia ouvi-los rindo e sentiu um cheiro de fumaça e pólvora enquanto “fingia estar morto”, afirmou, acrescentando que ficou imóvel por cinco horas.

    Quando achou que era seguro, Oz saiu lentamente da piscina e se aventurou a voltar para seu carro – que encontrou “despedaçado por balas” – para carregar seu telefone e pedir ajuda.

    “O terreno estava cheio de pessoas inocentes [mortas]”, lamentou.

    Ele voltou para seu esconderijo enquanto esperava a ajuda chegar.

    “Havia outra pessoa, uma mulher israelense, que estava escondida nos arbustos todo esse tempo”, disse. “Ela se juntou a mim e esperamos em silêncio de pânico até que as forças especiais nos encontrassem.”

    Embora esteja grato por estar vivo, Oz disse que está profundamente de luto por amigos e colegas de trabalho que foram mortos.

    Oz, que tem raízes familiares no Queens, em Nova York, está morando em Israel e planeja fazer do país seu lar permanente.

    Veja também: 260 corpos são encontrados em festival em Israel

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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