“Este é o começo do fim da ditadura de Maduro”, diz político da oposição da Venezuela à CNN
Leopoldo López fugiu do país após tentar tirar o presidente venezuelano Nicolás Maduro do poder em 2019
O político da oposição Leopoldo López afirmou em entrevista a Fernando del Rincón, da CNN, que a Venezuela vive “o início do fim da ditadura de Nicolás Maduro”.
“As pessoas votaram ontem e votaram massivamente. Foi algo inegável. Ontem essa vontade ficou evidente. E hoje ficou evidente a vontade dos venezuelanos de defender e reivindicar essa vitória”, disse.
López acrescentou: “É o início do fim da ditadura de Nicolás Maduro, não tenho dúvidas”.
O político venezuelano destacou a porcentagem de votos que a oposição reivindica (73,2%) e garantiu que “no seu melhor momento, Chávez obteve 56% dos votos” e que, nesta eleição “esta base é o chavismo”, durante a entrevista.
O político também disse que “a ditadura de Maduro está tentando impor o impossível”, já que a oposição tem provas que demonstram a sua vitória eleitoral.
“Essa fraude não é sustentável porque Maduro contou com algo que não tem mais. Não há mais medo do povo. O povo perdeu o medo. Maduro pode estar disposto a reprimir, mas o povo não tem mais medo e continuará este processo até que a transição para a democracia comece”, disse López a Fernando del Rincón, da CNN.
“Estamos pressionados para reivindicar a vitória com a ata e com o povo. (Temos) a ata em mãos, com mais de 73% e com o povo nas ruas em massa”, ele assegurou.
López acrescentou que a oposição “apresentará detalhadamente cada uma destas atas”, o que aumentará a pressão nacional e internacional sobre o regime.
O político foi preso em 2014 após liderar protestos contra o presidente venezuelano Nicolas Maduro, e foi libertado provisoriamente em 2017.
Em abril de 2019, quando Juan Guaidó desencadeou uma breve revolta militar contra Maduro, Lopez apareceu nas ruas ao lado dele. Após o movimento não surtir efeito, López procurou abrigo na residência do embaixador espanhol em Caracas.
Após os eventos, López fugiu para a Espanha. Fontes do governo espanhol afirmam que sua ida para o país era “iminente”.
Oposição garantiu vitória
María Corina Machado e Edmundo González garantiram nesta segunda-feira (29) que a sua equipe trabalhou mais de 12 horas para criar uma página web que reúne os resultados dos registos eleitorais e mostra uma vitória da oposição venezuelana: 73,2% dos votos, em contraste com os 44,2% que foram atribuídos pela CNE.
