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    Eslováquia deve enviar sistema de defesa aérea da era soviética para a Ucrânia

    Segundo fontes, a Eslováquia quer garantias de que artilharia será substituída imediatamente por novos mísseis de defesa aérea fabricados nos EUA

    Katie Bo LillisNatasha BertrandJeremy HerbZachary Cohenda CNN

    A Eslováquia concordou preliminarmente em fornecer à Ucrânia um importante sistema de defesa aérea da era soviética para ajudar na defesa contra ataques aéreos russos, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto.

    Mas, os Estados Unidos e a Otan ainda estão lutando para preencher as próprias capacidades defensivas do país e a transferência ainda não está garantida.

    Segundo duas das fontes, a Eslováquia – um dos três aliados da Otan que têm os sistemas de defesa em questão – quer garantias de que os sistemas serão substituídos imediatamente.

    Se um país fornecer seus S-300, o país fornecedor provavelmente receberá o sistema de mísseis de defesa aérea Patriot, fabricado nos EUA, para preencher a capacidade que estaria abrindo mão, de acordo com duas outras fontes familiarizadas com as negociações.

    A Alemanha e a Holanda já anunciaram publicamente que estão enviando mísseis Patriots para a Eslováquia. Mas integrar um novo e complexo sistema de defesa aérea à arquitetura militar existente de um país, bem como treinar suas forças para usá-lo, pode levar tempo, alertou uma fonte.

    O esforço para colocar mais S-300 nas mãos dos ucranianos ocorre quando o Congresso pressiona o governo Biden para ajudar a Ucrânia a obter o sistema de defesa aérea. Parlamentares de ambos os partidos, que ouviram o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em um discurso na manhã de quarta-feira (16), pediram que os EUA fizessem mais para ajudar a Ucrânia a obter as armas que procura, principalmente depois que o governo se opôs, na semana anterior, a um plano para fornecer à Ucrânia 29 jatos MiG polonês.

    O deputado Michael McCaul, o principal republicano do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, insinuou publicamente na quarta-feira que os EUA fizeram progressos no acesso da Ucrânia a S-300 adicionais, um sistema de armas antiaéreas que fontes do Congresso dizem que a Ucrânia já está operando efetivamente contra o ataque da Rússia.

    “Eu tenho me esforçado muito para isso”, disse McCaul à Jim Sciutto, da CNN. “Tenho orgulho de dizer que eles têm S-300 entrando agora.”

    Um assessor de McCaul disse mais tarde que ele estava se referindo aos sistemas S-300 que pertencem e são operados pela Ucrânia há anos. Esses sistemas já estão no país.

    A CNN informou anteriormente que o Departamento de Estado está trabalhando para identificar quais países atualmente possuem S-300s, e para determinar como eles podem ser transferidos para a Ucrânia.

    A CNN informou na quarta-feira que outros sistemas de defesa aérea da era soviética, incluindo o SA8, já foram enviados para a Ucrânia.

    “As pessoas falam sobre uma zona de exclusão aérea, podem criar a sua própria se lhes dermos o equipamento militar e as armas”, observou McCaul.

    O secretário de Defesa Lloyd Austin está programado para viajar para a Eslováquia no final desta semana, após participar da Reunião Ministerial de Defesa da OTAN em Bruxelas.

    “A pedido do presidente Zelensky, identificamos e estamos ajudando a Ucrânia a adquirir sistemas antiaéreos adicionais de longo alcance e munições para esses sistemas”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, na quarta-feira, como parte de comentários detalhando a nova assistência de segurança.

    Alguns aliados dos EUA também estão extremamente desconfiados de tornar públicas suas contribuições para a Ucrânia, disseram várias fontes à CNN. A Bulgária e a Grécia também têm mais sistemas modernos S-300 em questão.

    O sistema da Grécia é um modelo diferente dos atualmente operados pela Ucrânia, levantando questões sobre a necessidade de treinamento adicional para que seja útil.

    O Departamento de Estado e a Embaixada da Eslováquia em Washington se recusaram a comentar. A CNN entrou em contato com o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Defesa para comentar.

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