Eslováquia dará dinheiro a maiores de 60 anos que se vacinarem contra a Covid
Bônus pode chegar a 300 euros — cerca de 1.885 reais
A Eslováquia vai distribuir dinheiro para pessoas com mais de 60 anos que estiverem vacinadas contra o coronavírus ou que tomarem a dose de reforço, com o objetivo de aumentar as taxas de imunização, que está abaixo de outras na União Europeia (UE).
O Parlamento aprovou os pagamentos nesta quinta-feira (09), dando sinal verde a uma proposta do governo que havia, inicialmente, considerado a distribuição de vouchers para hotéis ou restaurantes, mas optou por pagamentos em dinheiro.
Aqueles que tomaram as vacinas de reforço até meados de janeiro receberão 300 euros (aproximadamente R$ 1885,50), enquanto os maiores de 60 anos que tomarem a dose após essa época terão direito a 200 euros, cerca de R$ 1257,00.
A Eslováquia não é o primeiro país a oferecer incentivos para a vacinação.
Em outubro, a Suíça ofereceu aos cidadãos que persuadiram seus amigos a se vacinarem contra a Covid-19, refeições gratuitas em restaurantes ou idas ao cinema.
Em agosto, a cidade americana de Houston disse que pagaria US$ 100 a qualquer pessoa que recebesse a primeira dose de uma vacina contra a Covid.
A Eslováquia, com uma população de 5,5 milhões de habitantes, foi severamente atingida pela última onda da pandemia, precisando voltar com algumas medidas de restrição enquanto os hospitais enchiam.
Na quarta-feira (08), o país tinha a segunda maior taxa semanal de infecção do mundo, de acordo com o Our World in Data.
Mas a Eslováquia continua bem atrás de outros países da UE na vacinação de sua população, com 68% das pessoas com mais de 60 anos totalmente vacinadas — a terceira taxa mais baixa no bloco depois da Bulgária e da Romênia e abaixo de 88% em toda a UE.
Entre a população total da Eslováquia, 46,5% estão totalmente vacinados, abaixo da média da União Europeia de 66,8%, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
O governo discutiu tornar as vacinas obrigatórias para idosos, mas ainda não chegou a um acordo.
Outros países buscaram mandatos semelhantes para a população idosa, como na Grécia, enquanto a Áustria está querendo tornar vacinas obrigatórias para todos.
Muitos na Eslováquia estão céticos em relação às vacinas, já que algumas figuras da oposição, incluindo o ex-primeiro-ministro Robert Fico, estão questionando a eficácia.
Hospitais eslovacos lotaram em meio à nova onda de casos, colocando pressão sobre os cuidados de saúde.
Na quarta-feira, o governo estendeu muitas medidas de bloqueio até 9 de janeiro, mas abriu lojas para os vacinados.