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    Equador avalia retorno ao socialismo em segundo turno de eleição presidencial

    A votação dependerá de aproximadamente 15% do eleitorado que continua indeciso

    Alexandra Valencia. da Reuters

     

    Patrulha militar em distrito eleitoral no sul de Quito, no Equador, em 11 de abr
    Patrulha militar em distrito eleitoral no sul de Quito, no Equador, em 11 de abril de 2021
    Foto: Foto de Franklin Jacome / Getty Images

     

    Os equatorianos votarão no segundo turno da eleição presidencial neste domingo para decidir se manterão as políticas pró-mercado dos últimos quatro anos ou retornarão ao socialismo da década anterior, no momento em que o país andino busca reviver sua economia estagnada.

    O economista de esquerda Andrés Arauz venceu o primeiro turno da eleição em fevereiro, com quase 33% dos votos, prometendo um generoso auxílio financeiro à população e a retomada das políticas socialistas do seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa.

     

    O adversário de Arauz, o banqueiro e candidato à Presidência pela terceira vez Guillermo Lasso, promete criar empregos por meio de investimento estrangeiro e apoio financeiro ao setor agrícola. Lasso teve quase 20% dos votos no primeiro turno.

    A votação dependerá de aproximadamente 15% do eleitorado que continua indeciso, afirmou Francis Romero, diretor do instituto de pesquisa Click Report, descrevendo essa parcela como mais alta do que o normal.

    A economia da nação exportadora de petróleo já estava fraca devido aos preços baixos do óleo quando começou a pandemia de coronavírus. A situação sanitária levou um terço da população à pobreza e deixou meio milhão de pessoas desempregadas.

    O presidente Lenin Moreno, que não está buscando a reeleição, impôs dolorosas medidas de austeridade, parte de um acordo de financiamento de 6,5 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional, mas não conseguiu recuperar a economia.

    (Reportagem de Alexandra Valencia)

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