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    Envio de tanques alemães à Ucrânia leva guerra a um novo patamar, diz embaixador russo em Berlim

    Sergei Nechayev afirmou que a Alemanha estava abandonando sua "responsabilidade histórica para com a Rússia", decorrente dos crimes nazistas na Segunda Guerra Mundial

    Da Reuters

    A embaixada russa na Alemanha afirmou, nesta quarta-feira (25), que a decisão de Berlim de aprovar a entrega de tanques Leopard 2 à Ucrânia significava que o país estava abandonando sua “responsabilidade histórica para com a Rússia”, decorrente dos crimes nazistas na Segunda Guerra Mundial.

    Em uma declaração contundente, a embaixada disse que as entregas de tanques levariam o conflito a um novo nível e a uma “escalada permanente”.

    “Esta decisão extremamente perigosa leva o conflito a um novo nível de confronto e contradiz as declarações de políticos alemães sobre a relutância da República Federal da Alemanha em se envolver nisso”, disse o embaixador Sergei Nechayev.

    “Isso destrói os resquícios de confiança mútua, causa danos irreparáveis ao já deplorável estado das relações russo-alemãs e lança dúvidas sobre a possibilidade de sua normalização em um futuro próximo”, acrescentou.

    Há meses Kiev pede tanques ocidentais, que diz precisar desesperadamente para dar às suas forças o poder de fogo e a mobilidade para romper as linhas defensivas russas e recapturar territórios ocupados no leste e no sul.

    A Rússia declarou que tais armas apenas prolongarão a guerra e o sofrimento ucraniano, e que o Ocidente está “iludido” ao pensar o contrário.

    “A escolha de Berlim significa a recusa final da República Federal da Alemanha em reconhecer sua responsabilidade histórica para com nosso povo pelos crimes terríveis e atemporais do nazismo durante a Grande Guerra Patriótica, e o esquecimento do difícil caminho da reconciliação pós-guerra entre russos e alemães”, disse Nechayev.

    “Com a aprovação da liderança da Alemanha, os tanques de batalha com cruzes alemãs serão novamente enviados para a ‘frente oriental’, o que inevitavelmente levará à morte não apenas soldados russos, mas também a população civil.”

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