Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Enviado da CNN ao Afeganistão relata viagem de volta: ‘Talibãs açoitavam as pessoas’

    'Minha volta do Afeganistão até o Paquistão foi mais penosa do que a ida do Brasil ao Afeganistão. Fomos parados em seis postos de controle dos talibãs', conta Lourival Sant'Anna

    Da CNN

    O enviado especial da CNN ao Afeganistão, Lourival Sant’Anna, deixou o país nesta quarta-feira (15) e está retornando ao Brasil.

    Ainda sem voos regulares no aeroporto da capital Cabul, Lourival saiu do país por terra e foi de carro até a fronteira com o Paquistão. Ele gravou um relato durante a travessia.

    Na avaliação do jornalista, os militantes do Talibã, que tomaram o Afeganistão há um mês, estão mais preocupados com quem está saindo do país do que com quem está chegando.

    “A minha volta do Afeganistão até o Paquistão foi mais penosa do que a ida do Brasil ao Afeganistão. Nós fomos parados em seis postos de controle dos talibãs na estrada e vários deles questionaram os motivos pelos quais eu estava indo embora de carro e não de avião, como se houvesse voos regulares no aeroporto de Cabul”, contou Lourival.

    O enviado especial da CNN ao Afeganistão, Lourival Sant’Anna
    O enviado especial da CNN ao Afeganistão, Lourival Sant’Anna / CNN Brasil (15.set.2021)

    O correspondente da CNN também relatou que os talibãs revistaram suas malas, mas afirmou que a etapa mais difícil da viagem foi a chegada ao posto de fronteira com o Paquistão.

    “Depois de cinco horas de viagem, encontrei uma multidão no posto de imigração formando uma fila caótica. Crianças, mulheres e idosos desesperados tentando sair do Afeganistão. E em momentos que os talibãs sentiam que estavam perdendo o controle da situação, eles açoitavam as pessoas com mangueiras.”

    Lourival revelou que quase foi atingido pelos golpes dos talibãs ao se aproximar para mostrar seu passaporte.

    “Teve um momento em que eu era o próximo. Eu tentava mostrar meu passaporte brasileiro e meu visto quando algumas pessoas falaram ‘vem pra cá, senão ele vai bater em você'”, contou.

    Segundo ele, o processo para cruzar a fronteira do Afeganistão com o Paquistão – a partir do posto de imigração – demorou três horas. Ele e a equipe viajaram de carro por cinco horas para chegar até o local.

    Tópicos