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    Entrada de suprimentos não é suficiente para conter crise humanitária em Gaza, alertam grupos

    Mais 34 caminhões com ajuda humanitária entraram em território palestino nesta segunda-feira (23), mas isso não é o suficiente para conter os danos do bloqueio imposto por Israel

    Ataque israelense no sul da Gaza
    Ataque israelense no sul da Gaza 20/10/2023 REUTERS/Mohammed Salem

    Da CNN

    Um terceiro grupo de 34 veículos que transportam suprimentos vitais entrou em Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, nesta segunda-feira (23). No entanto, grupos de ajuda alertam que é necessário muito mais para conter o aprofundamento da crise humanitária no território palestino.

    Os ataques aéreos e o bloqueio total promovidos por Israel na Faixa de Gaza colocaram mais de 2 milhões de civis em risco de grave desidratação e fome.

    Os ataques israelenses começaram após a incursão surpresa do Hamas em Israel, no dia 7 de outubro, que deixou pelo menos 1.400 pessoas mortas.

    Desde então, mais de 5.000 pessoas foram mortas em Gaza, incluindo 2.055 crianças e 1.119 mulheres, segundo o Ministério da Saúde palestino. Mais algumas dezenas foram mortas em ataques terrestres do Exército israelense durante a madrugada desta segunda.

    Especialistas da ONU já declararam que o bloqueio “indescritivelmente cruel” de Israel a Gaza viola o direito internacional e penal.

    O enclave palestino já deveria ter recebido mais de 7.200 caminhões com ajuda humanitária desde 7 de outubro, segundo a CNN. No entanto, menos de uma centena de caminhões entrou em Gaza.

    O território na fronteira com o Egito normalmente recebe 455 caminhões de ajuda por dia, informou a ONU. Portanto, 7.280 caminhões deveriam ter chegado entre 7 e 22 de outubro.

    O bloqueio importo por Israel também afeta a disponibilidade de medicamentos e suprimentos médicos.

    Os trabalhadores humanitários em Gaza não tem morfina ou analgésicos para tratar os civis feridos, segundo Leo Cans, chefe da Missão dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Jerusalém.

    Um cirurgião de MSF conta que recebeu, no domingo (22), um menino de 10 anos que tinha “60% da superfície corporal queimada e não conseguiu tomar analgésicos”, disse Cans à CNN.

    Veja mais: Caminhões de ajuda humanitária não são suficientes, diz palestino nascido em Gaza

    *Publicado por Fernanda Pinotti, com informações da CNN Internacional