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    Entenda as mensagens de protesto das concorrentes do Miss Universo

    Participantes de Mianmar, Uruguai e Cingapura usaram segmento de 'roupas típicas' da competição para exibir mensagens sobre questões políticas e sociais

    Megan C. Hills, da CNN

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    O palco do Miss Universo 2020 – realizado no domingo (16) em razão da pandemia do novo coronavírus – foi marcado por protestos coloridos com as concorrentes de Cingapura, Uruguai e Mianmar aproveitando os holofotes para exibir mensagens sobre questões políticas e sociais.

    Durante o segmento “roupas típicas” da competição anual, realizada domingo (16) na Flórida, as três participantes revelaram mensagens que aludiam ao ódio anti-asiático, à discriminação contra as comunidades LGBTQI+ e à atual crise política em Mianmar.

    Em um dos momentos mais dramáticos do desfile, a Miss Cingapura Bernadette Belle Ong desfilou com uma roupa inspirada nas cores da bandeira nacional do país antes de se virar para revelar um apelo para ‘Acabar com o ódio aos asiáticos’.

    A Miss Uruguai, Lola de los Santos, mostrou seu apoio às comunidades LGBTQI+ com um terno arco-íris e uma saia que dizia em inglês: “Chega de ódio, violência, rejeição, discriminação”.

    Em vez de usar seu vestido para levar sua mensagem, a Miss Mianmar, Thuzar Wint Lwin, revelou sua crítica em um pequeno pergaminho. Subindo ao palco em trajes intrincadamente bordados e com miçangas, ela se curvou para o público antes de revelar um chamado para os espectadores “orarem” por seu país.

    Não é a primeira vez que Thuzar Wint Lwin expressa solidariedade aos manifestantes que se opõem à junta militar de Mianmar, que assumiu o poder em um golpe de estado, em fevereiro.

    Com a eclosão da violência em todo o país, mais de 700 manifestantes morreram e milhares foram presos, de acordo com a Associação de Assistência a Presos Políticos.

    Em março, a rainha da beleza do país usou sua conta no Instagram para homenagear os manifestantes como “heróis que sacrificaram suas vidas na luta pela liberdade de nosso povo”, tendo anteriormente acusado os militares de Mianmar de abusos aos direitos humanos.

    Depois do segmento de ‘traje típico’, que ela ganhou, Thuzar Wint Lwin postou uma foto dela segurando a placa de protesto ao lado da legenda “Brave Empress” (Admirável Imperatriz, em tradução livre).

    A concorrente de Cingapura também postou uma série de imagens de sua roupa no Instagram, dizendo que era sua responsabilidade “enviar uma forte mensagem de resistência contra o preconceito e a violência” dirigida aos asiáticos.

    O protesto ocorre em meio a uma onda de sentimento anti-asiático em todo o mundo. Pesquisadores da Universidade Estadual da Califórnia, em San Bernardino, relataram recentemente um aumento de 164% nos crimes de ódio contra asiáticos em 16 das maiores cidades e condados dos Estados Unidos.

    O body cintilante de Ong, completo com mangas bufantes e botas de cano alto, foi feito pelos designers filipinos Arwin Meriales e Paulo Pilapil Espinosa em apenas dois dias, escreveu ela no Instagram.

    A uruguaia De los Santos, que combinou seu ousado traje de arco-íris com uma coroa floral e botas pretas, há muito é uma defensora ferrenha dos direitos LGBTQI+.

    Além de postar com frequência mensagens de solidariedade nas redes sociais, foi jurada do Miss Trans Star Uruguai, concurso de beleza para mulheres transexuais.

    A competidora mexicana Andrea Meza foi coroada a vencedora geral do Miss Universo deste ano, com a brasileira Julia Gama na segunda posição.

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)

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