Entenda a operação que resgatou quatro reféns na Faixa de Gaza
Israel afirma que ação exigiu semanas de planejamento; mais de cem palestinos morreram durante resgate
As Forças de Defesa de Israel resgataram neste sábado (8) quatro reféns israelenses que estavam sob poder do Hamas desde o dia 7 de outubro. Noa Argamani (25), Almog Meir Jan (21), Andrey Kozlov (27), e Shlomi Ziv (40) estavam no festival de música Nova no momento da invasão do grupo ao território israelense.
Segundo as FDA, todos estão em “boas condições de saúde” e passarão por exames no hospital Sheba Tel HaShomer, na região de Tel Aviv.
Operação de resgate
Os quatro reféns foram encontrados no campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel afirmam que levaram semanas para planejar o resgate, que incluiu também apoio do serviço de inteligência nacional do país e de uma unidade especial da polícia. A CNN ouviu de um oficial do exército americano que EUA também deram apoio de inteligência à operação.
Segundo comunicado divulgado neste sábado, o objetivo da ação era desmobilizar a “infraestrutura terrorista” instalada na região.
Os militares também foram mobilizados para áreas próximas do campo de refugiados, como Deir al-Balah e al-Zawaideh.
O número de palestinos mortos na operação ainda é incerto. E continua subindo conforme as autoridades de saúde do enclave recebem os feridos em um hospital na área central de Gaza. Até aqui, já foram confirmadas mais de cem mortes. Não se sabe quantos deles eram civis e quantos eram militantes do Hamas.
Um policial israelense também morreu durante o combate.
Benjamin Netanyahu celebra resgate
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, celebrou o resultado da operação na Faixa de Gaza. Em um áudio divulgado pelo governo, ele diz a um dos reféns que “nós nunca desistimos de vocês. Nem por um minuto”.
O Fórum das Famílias de Reféns ou Desaparecidos também se pronunciou sobre a operação. Em um comunicado, o grupo afirmou que o resgato foi um feito “heroico” e um triunfo milagroso”. O Fórum ainda escreveu que “continua a pedir que a comunidade internacional pressione o Hamas para aceitar a proposta de cessar-fogo (apresentada por Israel na semana passada) e que liberte os 120 reféns que ainda estão em cativeiro”.