Enfrentando resistência antivacina, EUA não atingem meta de 70% de imunizados 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tinha uma meta. O mandatário americano queria imunizar 70% da população até o feriado do Dia da Independência, que ocorreu no último domingo, 4 de julho. Não conseguiu.

Uma pesquisa divulgada pela rede ABC e pelo jornal “The Washington Post” revelou que 33% dos adultos norte-americanos não querem se vacinar contra a Covid-19.

Segundo o levantamento, 57% dessas pessoas que se recusam a receber doses são republicanos. Além disso, 79% desses dizem que não correm o risco de ficarem doentes por conta da Covid-19.

Por conta do conservadorismo de boa parte dessa parcela da população, um dos vários prêmios oferecidos na campanha de vacinação em massa foram armas. Não à toa, 55% dos dados também são caracterizados como conservadores. 

Queda na vacinação 

A recusa de algumas pessoas a se vacinarem é refletida na campanha de imunização contra a Covid-19 no país, que chegou a administrar quatro milhões de doses por dia. Atualmente, os Estados Unidos vacinam um milhão de pessoas por semana. 

Com isso, menos de 50% da população norte-americana está completamente imunizada. As consequências do estancamento é o aumento de casos da doença em alguns estados, como o Missouri, que registrou um aumento de 30% nas hospitalizações só no últimos fim de semana.

Novo foco

Apesar disso, Biden pretende estabelecer um foco maior para aumentar o número de vacinados. Um deles é trabalhar com pediatras, devido à volta às aulas em setembro e, portanto, imunizar os menores de 18 anos. 

Outro é a vacinação ambulante, com a tentativa de montar postos em locais de trabalho. 

“Vamos dar mais ênfase à vacinação perto de casa”, disse o presidente dos Estados Unidos.

“Nossa luta contra esse vírus não acabou. Enquanto falo, milhões de norte-americanos não estão vacinados e estão desprotegidos. É por causa disso, as comunidades estão em risco”, completou.

Foto: Reuters