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    Encontro com Biden tem “efeito simbólico” e interessa mais a Bolsonaro, diz professora

    À CNN Rádio, Fernanda Magnotta afirmou que há pontos de convergência e de divergência entre os mandatários do Brasil e dos Estados Unidos

    Jair Bolsonaro e Joe Biden devem se encontrar em Los Angeles
    Jair Bolsonaro e Joe Biden devem se encontrar em Los Angeles Foto: Marcos Corrêa/PR

    Amanda GarciaIsabel Campos

    A reunião bilateral entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve trazer “efeito simbólico” e “sinaliza o interesse do Brasil em ter uma relação de estado, não entre governos e pessoas”. Esta é a avaliação da coordenadora de curso de Relações Internacionais da Faap, Fernanda Magnotta.

    O encontro deve acontecer na Cúpula das Américas, em Los Angeles, que começa nesta segunda-feira (6).

    Em entrevista à CNN Rádio, ela afirmou que o presidente deve “tentar capitalizar politicamente até para rejeitar a ideia de que o Brasil é um pária internacional.”

    “Até por isso, a reunião é mais importante para Bolsonaro do que para Biden. Os Estados Unidos não têm agenda prioritária aqui”, completou.

    Magnotta explicou que há pautas de convergência entre Brasil e EUA, como comércio e investimento, além de interesses que “empurram para uma agenda mais pragmática”, além de uma visão crítica semelhante sobre a China, o que gera uma ponte.

    Ao mesmo tempo, há divergências, como a discussão sobre democracia e eleições, o tema do meio ambiente e a relação com a Rússia.

    Para a professora, “o balanço do encontro deve ser positivo, com tom diplomático, orientado pelo pragmatismo, mas sem resultado expressivo, já que o Brasil está em ano eleitoral e os EUA devem esperar o resultado para qualquer posicionamento mais contundente.”

    Fernanda Magnotta ainda acredita que a Cúpula das Américas deve se encerrar com um comunicado amplo, com temas como reforço da democracia, investimentos em infraestrutura, energia e saúde e compromisso com os Direitos Humanos.

    Mas, tudo isso, “sem definições específicas, compromissos ou responsabilidades de longo prazo”.