Embaixador de Israel lamenta morte de brasileiros no Líbano
O Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, expressa pesar pela perda de vidas civis, incluindo um adolescente brasileiro, em ataque a fábrica no Vale do Becá
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, manifestou profundo pesar pela morte de civis brasileiros no Líbano, em meio ao conflito entre Israel e o Hezbollah. Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (27), Zonshine abordou especificamente o caso de Ali Kamal Abdallah, um adolescente brasileiro de 15 anos que perdeu a vida junto com seu pai em um ataque a uma fábrica de produtos de limpeza no Vale do Becá.
“Lamentamos muito a morte de Ali e de outras pessoas que não são envolvidas neste conflito”, declarou o embaixador, ressaltando que a intenção de Israel “não é matar libaneses, mas atingir as atividades ativistas e instalações do Hezbollah”.
Complexidades do conflito e danos colaterais
Zonshine explicou que a realidade da guerra entre Israel e o Hezbollah inevitavelmente envolve pessoas que não fazem parte do grupo terrorista. Ele destacou que as operações israelenses tentam ser “cirúrgicas”, visando apenas instalações e membros do Hezbollah. No entanto, admitiu que erros podem ocorrer, resultando em danos colaterais indesejados.
O embaixador também mencionou a dificuldade em distinguir alvos militares de civis, alegando que, em muitos casos, as instalações do Hezbollah estão localizadas dentro de residências. “A pessoa que tem na casa dele mísseis de quatro ou cinco metros não pode dizer que não sabia”, argumentou Zonshine.
Impacto na comunidade brasileira no Líbano
A tragédia ressalta o impacto do conflito na significativa comunidade brasileira residente no Líbano. O caso de Ali Kamal Abdallah, um jovem com laços no Brasil, exemplifica como civis inocentes, sem conexão direta com o conflito, podem se tornar vítimas da escalada de violência na região.
Apesar das justificativas apresentadas, o embaixador reiterou o lamento de Israel pela perda de vidas inocentes e expressou esperança de que não haja mais necessidade de lamentar mortes como a de Ali ou de outros civis no futuro.
Confira a entrevista na íntegra:
