Embaixador da Argentina no Brasil, Scioli deixará cargo para ser secretário de Milei
Nomeado para a embaixada em Brasília por Alberto Fernández, Scioli deve integrar a pasta do Turismo, Ambiente e Esportes do Ministério do Interior
O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli confirmou nesta terça-feira (30) que deixará o cargo na embaixada para assumir o posto de secretário no governo de Javier Milei, na pasta do Turismo, Ambiente e Esportes do Ministério do Interior.
“Agradeço ao presidente @JMilei [Javier Milei] e ao ministro @GAFrancosOk [Guilherme Francos] pela responsabilidade que me confiam de agregar minha experiência e comprometimento neste momento do país”, disse Scioli na plataforma X.
Agradezco al presidente @JMilei y al ministro @GAFrancosOk por la responsabilidad que me confían para sumar mi experiencia y compromiso en este momento del país. https://t.co/TAFejRWO1O
— Daniel Scioli 🇦🇷 (@danielscioli) January 30, 2024
Scioli, nomeado embaixador da Argentina em Brasília por Alberto Fernández, é conhecido por ser historicamente um peronista, grupo político contrário ao de Milei.
Em novembro de 2023, Scioli, confirmou publicamente que havia sido convidado para permanecer no cargo de embaixador durante o mandato do novo presidente eleito.
Ele foi o responsável por um primeiro distensionamento das relações entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e organizou, muito discretamente, uma visita “surpresa” da futura chanceler Diana Mondino ao Palácio do Itamaraty.
Na ocasião, Mondino entregou uma carta em que o presidente eleito convida Lula para sua posse em Buenos Aires. O gesto foi encarado, no Palácio do Planalto, como um gesto positivo após críticas de Milei a Lula, chamado de “comunista” e “corrupto” pelo ultraliberal.
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O novo secretário já concorreu às eleições presidenciais da Argentina em 2015, perdendo para Mauricio Macri. Antes, Scioli foi governador de Buenos Aires e vice-presidente de Nestor Kirchner.
Ele atuou fortemente na construção de pontes entre o atual presidente Alberto Fernández, que deixa a Casa Rosada no dia 10, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Daniel Rittner)