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    Embaixador chinês vai ajudar Brasil a comprar insumos, diz Mandetta

    País está encontrando dificuldades em concluir aquisição de produtos no mercado de produtos de saúde da China

    O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, se prontificou a auxiliar o Brasil no mercado chinês de insumos de saúde, que está registrando disputas de diversas nações pelos itens necessários para combater o novo coronavírus. Mandetta disse ter conversado com o diplomata nesta terça-feira (7).

    Na semana passada, o Brasil enfrentou o cancelamento de um pedido feito a um fornecedor do país. A partir de agora, todas as encomendas feitas pelo governo brasileiro serão informadas à embaixada chinesa, que ajudará na certificação e acompanhamento das execuções dos contratos.

    Há semanas, Mandetta vem enfatizando que um dos grandes problemas da atual crise é a falta de insumos e equipamentos necessários para o atendimento da crise. Além da característica de disseminação acelerada do coronavírus, há também o fato de que o primeiro país afetado foi a China, que concentra a produção global desses produtos.

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    Com a dispersão da COVID-19 pelo mundo e a recuperação chinesa, o país asiático retoma gradualmente a produção. A escala atual, no entanto, é insuficiente e vem provocando uma guerra de preços e disputas entre países que demandam esses insumos.

    Recentemente, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, autorizou o Ministério da Saúde a adquirir produtos e equipamentos acima do preço de mercado.

    Em sua conta oficial no Twitter, o embaixador Yang Wanming falou sobre a ligação com o ministro brasileiro. “Nesta tarde, na conversa telefônica com ministro Luiz Henrique Mandetta, coincidimos em reforçar a cooperação bilateral, especialmente entre os dois ministérios da saúde, para compartilhar experiências do combate à Covid-19 em prol do enfrentamento conjunto deste desafio global”, escreveu.

    O embaixador entrou em rota de conflito com nomes próximos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas últimas semanas. Primeiro, reagiu após uma publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) culpar o governo da China pela disseminação da COVID-19. No final de semana, a embaixada chinesa criticou declarações que julgou de “cunho racista” proferidas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

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