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    Embaixada recomenda que brasileiros evitem sul do Líbano em meio ao acirramento da guerra

    Diplomacia também alerta contra viagens para o país; Israel e o grupo paramilitar Hezbollah têm trocado ataques na região

    Teo Curyda CNN , em Brasília

    A embaixada do Brasil em Beirute recomendou nesta segunda-feira (23) que os cidadãos brasileiros que vivem no Líbano evitem permanecer no sul do país — região que faz divisa com o norte de Israel — e nas áreas de fronteira.

    A orientação foi dada em meio ao aumento da escalada da guerra de Israel contra o Hamas e ao possível embarque no conflito da organização política e paramilitar fundamentalista islâmica Hezbollah, que domina o sul libanês.

    Veja também — CNN mostra tensão na fronteira Israel-Líbano

    O governo brasileiro recomenda que os cidadãos adotem as indicações de segurança das autoridades locais, reforcem medidas de precaução – especialmente no sul do país – e evitem fazer parte de aglomerações e protestos.

    “Caso não esteja no Líbano, evitar viagens não essenciais ao país. Aos nacionais que não julguem essencial a permanência no Líbano, a Embaixada do Brasil em Beirute recomenda que considerem a precaução de ausentar-se do país até seu retorno à normalidade”, informa.

    A embaixada reforçou que está atenta “à persistência dos incidentes na fronteira sul e empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade”.

    O sul do Líbano, área monitorada com preocupação pela embaixada brasileira no país, é dominada pelo Hezbollah. Células do grupo têm sido atacadas pelas forças israelenses em meio ao acirramento da guerra.

    Nos últimos dias, foguetes foram lançados do sul do Líbano em direção a Israel e a partir de Israel mirando o sul libanês.

    A CNN mostrou há duas semanas que o governo brasileiro acompanhava com preocupação o embarque do Hezbollah na guerra entre Israel e o Hamas.

    A avaliação era a de que, se isso acontecesse, o Líbano — e não apenas o Hezbollah, que controla o sul do país — poderia passar a ser um alvo de Israel, aumentando a tensão na região.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou no domingo (22) que, se o Hezbollah decidir entrar na guerra, ficará paralisado “com uma força que [o grupo] nem sequer pode imaginar”.

    “E o significado para [o Hezbollah] e para o Estado do Líbano será devastador, mas estamos preparados para qualquer cenário”, disse Netanyahu neste final de semana durante uma visita às tropas no norte de Israel.

    Também no domingo, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o tenente-coronel Jonathan Conricus, afirmou que o Hezbollah está “jogando um jogo muito perigoso” e pode arrastar o Líbano “para uma guerra da qual não ganhará nada”.

    “Estará o Estado libanês realmente disposto a pôr em risco o que resta da prosperidade libanesa e da soberania libanesa por causa dos terroristas em Gaza?”, escreveu o tenente-coronel Jonathan Conricus em suas redes sociais.

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