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    Em meio à escalada da violência, EUA pedem que primeiro-ministro do Haiti avance com transição política

    Gangues ameaçam instaurar guerra civil caso a comunidade internacional continue apoiando Ariel Henry

    Caitlin Stephen HuRichard Rothda CNN

    Os Estados Unidos pediram por um movimento “urgente” em direção a uma transição política no Haiti. O pedido acontece à medida que as gangues aterrorizam a capital do país, e os grupos de oposição exigem a demissão do primeiro-ministro Ariel Henry.

    Henry desembarcou em Porto Rico na terça-feira (5) após dias de especulações sobre seu paradeiro. Ele esteve no Quênia na semana passada para assinar um acordo que assegurava uma missão liderada pelo país para restaurar a segurança na nação caribenha. O jornal Miami Herald informou, nesta quarta-feira (6), que Henry viajou depois para Washington para conversações sobre o futuro político do Haiti.

    Segundo o Herald, Henry planejava retornar ao Haiti através da República Dominicana, mas foi desviado para Porto Rico depois que o governo dominicano mudou de ideia.

    Autoridades dos EUA ligaram para Henry no meio do voo em uma tentativa de persuadi-lo a se afastar por uma transição política, diz a matéria.

    Questionada na quarta-feira se os EUA pediram a renúncia de Henry, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou: “O que pedimos para (Henry) fazer é avançar em um processo político que levará ao estabelecimento de um conselho presidencial de transição, que levará a eleições.

    Enquanto Henry esteve no exterior, a capital haitiana, Porto Príncipe, foi assolada por uma onda de ataques de gangues altamente coordenados contra autoridades policiais e instituições estatais. Grupos armados incendiaram esquadras de polícia e libertaram milhares de detentos de duas prisões, no que um líder de uma gangue descreveu como “uma tentativa de derrubar o governo de Henry”.

    Um dos líderes, Jimmy Cherizier, assumiu o crédito pelos ataques e alertou para consequências ainda mais terríveis se a comunidade internacional “continuar a apoiar Henry”.

    “Se Ariel Henry não renunciar, se a comunidade internacional continuar a apoiar Ariel Henry, eles nos levarão diretamente para uma guerra civil que terminará em genocídio”, afirmou Cherizier à Reuters em Porto Príncipe, na terça-feira.

    “A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, o Canadá, a França e o Grupo Central serão responsáveis ​​por todas as pessoas que morrerem no Haiti.”

    O Conselho de Segurança da ONU deverá realizar uma reunião sobre o Haiti ainda nesta quarta-feira. Antes da reunião, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, instou a comunidade internacional a “agir rápida e decisivamente para evitar que o Haiti mergulhe ainda mais no caos”.

    “Esta situação é insustentável para o povo do Haiti”, apontou ele. “Estamos simplesmente ficando sem tempo.”

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