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    Em meio a bombardeios, negociação de cessar-fogo em Gaza ocorre em Paris

    Mediadores tentam impedir uma incursão terrestre em Rafah, cidade onde há mais de um milhão de desalojados

    Veículo blindado israelense manobra perto da fronteira entre Israel e Gaza
    Veículo blindado israelense manobra perto da fronteira entre Israel e Gaza 23/02/2024REUTERS/Susana Vera

    Nidal al-MughrabiBassam Masoudda Reuters

    Cairo, Rafah, Faixa de Gaza

    As negociações por uma trégua na Faixa de Gaza continuaram nesta sexta-feira em Paris, no que aparenta ser a mais avançada iniciativa em semanas para interromper os conflitos no enclave palestino e obter a soltura dos reféns israelenses e estrangeiros.

    Uma fonte que foi informada sobre os termos, mas que não quis ser identificada, afirmou que as negociações começaram com o chefe do Mossad — o serviço de inteligência israelense — se encontrando separadamente com representantes de Catar, Egito e Estados Unidos.

    “Há sinais crescentes de otimismo quanto à capacidade de avançar para o início de uma negociação séria”, afirmou a fonte. A emissora de TV egípcia Al Qahera também informou que as conversas haviam sido iniciadas.

    Uma autoridade do Hamas disse que o grupo militante finalizou as negociações sobre um cessar-fogo no Cairo e está agora esperando o que os mediadores podem obter nas conversas com Israel.

    Mediadores intensificaram os esforços para obter um cessar-fogo na Faixa de Gaza, com a esperança de impedir um ataque israelense à cidade de Rafah, onde mais de um milhão de desalojados estão abrigados na fronteira sul do enclave.

    Israel afirma que atacará a cidade caso um acordo para a trégua não seja obtido rapidamente. Washington pediu ao seu aliado que não o faça, alertando sobre a possibilidade de grandes perdas civis se uma ofensiva à cidade realmente ocorrer.

    O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, se encontrou com mediadores egípcios no Cairo para discutir a trégua na última semana, na primeira visita desde dezembro.

    Uma autoridade do Hamas, que pediu para não ser identificada, afirmou que o grupo não ofereceu nenhuma nova proposta durante as conversas com os egípcios, mas está esperando para ver o que os mediadores terão como proposta após as negociações com os israelenses.

    Fumaça no centro de Gaza vista de Israel / 14/2/2024 REUTERS/Dylan Martinez

    O Hamas, que ainda deve estar com mais de 100 reféns tomados no ataque de 7 de outubro contra Israel, afirma que os libertará apenas se a trégua condicionar a saída de Israel da Faixa de Gaza. Já o Estado judaico diz que não sai até que o Hamas seja erradicado.

    Na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou ao seu ministério um plano oficial para o enclave, para ser posto em prática após o fim dos conflitos. Ele enfatizou que Israel espera manter o controle da segurança da Faixa de Gaza após destruir o grupo militante, e também não vê papel algum para a Autoridade Palestina, que tem sede na Cisjordânia, no enclave.

    Já Washington quer a participação de uma reformada Autoridade Palestina em Gaza.

    Pelo menos 29.514 palestinos foram mortos nos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde do enclave. Militantes do Hamas mataram 1.200 pessoas e fizeram 253 reféns no sul de Israel no dia 7 de outubro.