Em discurso, Xi Jinping promete reunificação da China com Taiwan
Presidente diz que todos devem trabalhar contra plano de independência; território autogovernado rejeita declaração e chama Partido Comunista Chinês de ditadura
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Xi Jinping, presidente da China, prometeu nesta quinta-feira (1º) completar a “reunificação” com o autogovernado território de Taiwan e prometeu “esmagar” qualquer tentativa de independência formal em discurso pelos 100 anos do Partido Comunista Chinês.
A declaração de Xi resultou em uma repreensão de Taipei, que qualificou o Partido Comunista como uma ditadura.
A China, que considera Taiwan como seu próprio território, intensificou os esforços sob Xi para fazer valer suas reivindicações de soberania, incluindo voos regulares de caças e bombardeiros perto da ilha.
“Resolver a questão de Taiwan e realizar a reunificação completa da pátria são as tarefas históricas inabaláveis do Partido Comunista Chinês e a aspiração comum de todo o povo chinês”, disse Xi em seu discurso.
“Todos os filhos e filhas da China, incluindo compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan, devem trabalhar juntos e seguir em frente em solidariedade, destruindo resolutamente qualquer plano de ‘independência de Taiwan’.”
Em resposta, o Conselho de Taiwan para Assuntos Internos sobre a China, disse que embora o Partido Comunista tenha alcançado “certo desenvolvimento econômico”, ele continua sendo uma ditadura que pisoteia as liberdades das pessoas e, em vez disso, deveria abraçar a democracia.
“Seus erros históricos de tomada de decisão e ações prejudiciais persistentes causaram sérias ameaças à segurança regional”, acrescentou.
O povo de Taiwan rejeitou o “princípio de uma China”, que afirma que a ilha é parte da China, e Pequim deveria abandonar sua intimidação militar e conversar com Taipei em pé de igualdade, disse o conselho.
“A determinação de nosso governo de defender firmemente a soberania da nação, a democracia e liberdade de Taiwan e de manter a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan permanece inalterada.”
Embora a China nunca tenha renunciado ao uso da força para colocar Taiwan sob seu controle, Xi pediu um processo de “reunificação pacífica”.
Ainda assim, ele disse que ninguém deveria “subestimar a forte determinação, a firme vontade e a formidável capacidade do povo chinês de defender a soberania nacional e a integridade territorial”.
O derrotado governo da República da China fugiu para Taiwan em 1949 depois de perder uma guerra civil para o Partido Comunista de Mao Tse-tung.
A maioria dos taiwaneses não demonstrou interesse em ser governada pela China. Taiwan diz que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro e condenou a pressão chinesa.
A China acredita que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, é uma separatista determinada a declarar independência. Ela diz que Taiwan já é um país independente chamado República da China, seu nome formal.