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    Eleitores de Biden temem sair para votar por causa da Covid-19

    Entre os eleitores de Biden, 40% disseram se sentir “desconfortáveis" em ir votar pessoalmente, se as eleições fossem esta semana

    Lourival Sant'Annada CNN

    Os eleitores de Joe Biden têm muito mais medo de sair para votar, por causa do risco de contaminação pelo coronavírus, do que os de Donald Trump. Os dados, de uma nova pesquisa do jornal The New York Times, dão um novo significado para a vantagem de Biden nas intenções de voto, tanto no nível nacional quanto nos estados decisivos, e para a atitude de Trump de menosprezar a ameaça da Covid-19.

    Entre os eleitores de Biden, 40% disseram se sentir “desconfortáveis” em ir votar pessoalmente, se as eleições fossem esta semana, comparados com apenas 6% dos que apoiam Trump. Já à pergunta sobre se se sentem “desconfortáveis demais”, 8% dos que pretendem votar no candidato democrata responderam que sim, e apenas 2% dos eleitores do presidente republicano.

    Os eleitores mais velhos, negros, latinos e moradores de áreas densamente povoadas são os que têm mais receio de ir votar. Esses são justamente os grupos mais atingidos até agora pelo coronavírus, e também aqueles que mais propensos a votar em Biden. Fica mais claro por que o presidente Trump tem atacado o voto pelo correio como “fraudulento”, o que o levou a ter o seu primeiro tuíte rotulado como “alegação não-substanciada”.

    Trump se recusa a usar máscaras, e faz declarações praticamente diárias, desde o início da pandemia, de que ela está sob controle e logo desaparecerá. Nos eventos dos quais ele participa, máscaras são distribuídas mas não obrigatórias, e muito poucas pessoas usam. O distanciamento social também é ignorado. Biden tem se dirigido a seus eleitores remotamente, e nas raras oportunidades em que sai de casa é visto com máscara.

    Outras pesquisas já indicaram que os eleitores republicanos dão mais importância à economia do que à crise de saúde, diferentemente dos democratas.

    Essa nova sondagem traz um novo ingrediente: como essa diferença de mentalidade pode influir não só na economia, mas na própria eleição. Afinal, vence quem consegue atrair mais eleitores para as urnas, não quem está à frente das pesquisas. As eleições serão no dia 3 de novembro, e até lá muitas coisas podem mudar, inclusive na percepção de risco dos eleitore

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