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    Trump diz que há “muitos genes ruins” entre imigrantes nos EUA

    Em um comunicado, a campanha do republicano disse que o ex-presidente estava falando apenas sobre assassinos e não imigrantes

    Reuters

    O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (7) que há “muitos genes ruins” nos Estados Unidos, enquanto comentava sobre assassinatos supostamente cometidos por imigrantes que vivem ilegalmente no país.

    “Como podem permitir que pessoas entrem por uma fronteira aberta, das quais 13 mil eram assassinos”, disse Trump em entrevista para o comentarista conservador Hugh Hewitt, ao discutir as políticas de imigração de sua adversária democrata na eleição de 5 de novembro, a vice-presidente Kamala Harris.

    “Muitos deles mataram muito mais de uma pessoa e agora estão felizes vivendo nos Estados Unidos. Você sabe, um assassino, eu acredito nisso, está nos genes dele. E nós temos muitos genes ruins em nosso país agora.”

     

     

    Trump parecia estar se referindo a uma carta do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) ao deputado republicano Tony Gonzales, divulgada no mês passado, segundo a qual 13.099 pessoas condenadas por homicídio estão na lista de “não detidos” do ICE, que inclui vários tipos de imigrantes que entraram legal ou ilegalmente no país.

    Em um comunicado, a campanha de Trump defendeu seus comentários, dizendo que ele estava falando apenas sobre assassinos, e não imigrantes.

    “O presidente Trump estava claramente se referindo a assassinos, não a imigrantes”, disse a secretária de imprensa da campanha de Trump, Karoline Leavitt.

    “É bastante repugnante que a imprensa seja sempre tão rápida em defender assassinos, estupradores e criminosos ilegais desde que isso garanta uma manchete negativa sobre o presidente Trump.”

    Imigração é tema central da campanha Republicana

    Donald Trump fez com que a imigração ilegal e a segurança da fronteira sul dos Estados Unidos se tornassem as questões centrais de sua campanha. Sua influência no partido permitiu a ele pressionar congressistas Republicanos para que rejeitassem um acordo bipartidário sobre a fronteira no início deste ano. O projeto de 118 bilhões de dólares seria destinado a reforçar a segurança na fronteira, além de oferecer ajuda para Israel e à Ucrânia.

    Alguns democratas se opuseram ao projeto porque acreditavam que algumas das medidas tratavam os imigrantes de forma excessivamente severa. Já os congressistas Republicanos alegaram que as medidas não eram severas o suficiente.

    No final de fevereiro, Trump visitou a fronteira e promoveu políticas de imigração semelhantes às de 2016 e de 2020. Em janeiro deste ano, Trump prometeu usar o “Alien Enemies Act” ou o “Ato de Inimigos Estrangeiros”, para remover dos Estados Unidos membros de gangues conhecidos ou suspeitos, traficantes de drogas ou integrantes de cartéis.

    O Republicano prometeu deslocar grandes partes das agências federais de aplicação de lei à imigração, incluindo partes da Administração do Controle de Drogas (DEA), do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, do FBI, a polícia federal americana, e do Departamento de Segurança Interna (DHS).

    Em seus discursos de campanha, Donald Trump enfazita que o aumento da violência nos Estados Unidos está diretamente ligado à entrada de imigrantes ilegais no país.

    O ex-presidente usa uma terminologia que desumaniza os imigrantes, chamando-os de “animais” ao se referir a supostos atos criminosos. Em diversas ocasiões, o ex-presidente também disse que os imigrantes estão “envenenando o sangue do país”, uma frase que recebeu críticas por ser xenofóbica e por lembrar a retórica nazista. Em resposta às críticas, Trump afirmou que não tinha ideia de que Adolf Hitler havia usado uma linguagem semelhante.

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