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    Kamala promete servir a todos os americanos, após fala de Biden sobre “lixo”

    Expressão usada por presidente para se referir a apoiadores de Trump teve repercussão negativa

    Da Reuters

    A candidata democrata, Kamala Harris, prometeu nesta quarta-feira (30) servir a “todos os americanos” se eleita presidente, enquanto tenta conter as consequências de um comentário do presidente Joe Biden que ameaçava a mensagem de unidade de Harris.

    “Quando eu for eleita presidente, vou representar todos os americanos, incluindo aqueles que não votarem em mim”, disse a vice-presidente a repórteres antes de embarcar para um evento de campanha na Carolina do Norte, um dos sete estados decisivos que determinarão o resultado da eleição de 5 de novembro.

    Seu rival republicano, Donald Trump, também realizará um comício lá nesta quarta-feira (30).

     

    Harris passou a última semana da campanha dizendo aos eleitores que respeitará aqueles que discordam dela e reforçando que o ex-presidente Trump é uma ameaça à democracia.

    Essa promessa — feita em um grande comício em frente à Casa Branca na noite de terça-feira (29) — foi ofuscada por Biden, que criticou comentários racistas feitos em um comício de Trump no último domingo (27).

    De acordo com uma transcrição da Casa Branca, Biden disse que “o único lixo que vejo flutuando por aí é o dos apoiadores dele — a demonização dos latinos é inconcebível”. A campanha de Trump afirmou que Biden estava se referindo aos apoiadores de Trump como “lixo”, enquanto Biden disse mais tarde que estava falando sobre a linguagem usada por um comediante no comício.

    Uma pesquisa da Reuters/Ipsos de terça-feira (29) mostrou Harris liderando Trump com 44%, contra 43%, entre os eleitores registrados nacionalmente, dentro da margem de erro. Outras pesquisas mostram margens apertadas nos sete estados decisivos. Os danos causados pelo furacão do mês passado tornaram os resultados da Carolina do Norte especialmente difíceis de prever.

    Na quarta-feira (30), Harris estará na capital em Raleigh, na Carolina do Norte, enquanto Trump realizará um comício em Rocky Mount.

    Trump ganhou a Carolina do Norte por menos de 1,5 ponto percentual em 2020. O último democrata a vencer o estado foi Barack Obama em 2008, embora tenha um governador democrata, Roy Cooper, desde 2017.

    Atualmente, Trump lidera Harris por apenas um ponto percentual no estado, de acordo com uma média de pesquisas da FiveThirtyEight.

    Trump e seus aliados tentaram retratar o voto de pessoas não cidadãs como um potencial risco para a eleição, embora revisões privadas e estaduais tenham mostrado repetidamente que a prática ilegal é muito rara. A campanha para focar nessa questão obteve uma vitória também nesta quarta-feira (30), quando a Suprema Corte dos EUA restabeleceu a decisão da Virgínia de excluir de suas listas de eleitores 1.600 pessoas que as autoridades estaduais concluíram que podem não ser cidadãs, uma afirmação que a administração Biden contestou.

    Em jogo no dia 5 de novembro está quem governará o país mais rico e poderoso do mundo. Harris e Trump divergem em apoio à Ucrânia e à OTAN, direitos ao aborto, impostos, princípios democráticos básicos e tarifas que poderiam desencadear guerras comerciais.

    Longa espera por resultados?

    Os residentes da Carolina do Norte, especialmente na região rural, duramente atingida a oeste, ainda estão tentando reconstruir suas vidas após os danos devastadores causados pelo furacão no mês passado. A área, com tendência republicana, representou cerca de 9% dos votos em 2020, de acordo com uma análise do pesquisador republicano Patrick Ruffini.

    Enquanto alguns oficiais estaduais — incluindo alguns republicanos — elogiaram os esforços federais de limpeza, Trump afirmou falsamente que a ajuda para desastres destinada ao estado foi desviada para ajudar imigrantes.

    O representante republicano Andy Harris disse na semana passada que a legislatura estadual deveria declarar preventivamente que Trump ganhou os 16 votos do Colégio Eleitoral do estado, para evitar “eleitores desencantados”.

    Roy Cooper, o governador da Carolina do Norte, descartou essa possibilidade.

    O resultado na Carolina do Norte pode permanecer incerto por uma semana ou mais após a eleição.

    Os votos antecipados que chegarem no dia da eleição, assim como os votos de eleitores no exterior e militares, podem ser contados por até 10 dias após isso.

    Em 2020, os veículos de mídia não anunciaram o resultado na Carolina do Norte para Trump até 13 de novembro, 10 dias após a eleição.

    Mais de um terço dos eleitores registrados da Carolina do Norte já votaram na eleição de 2024, de acordo com a comissão eleitoral do estado.

    Mais tarde na quarta-feira (30), Harris viajará para a Pensilvânia e Wisconsin, outros dois estados decisivos. Seu comício em Madison, Wisconsin, contará com apresentações de músicos, incluindo a banda Mumford & Sons. Trump também estará em Wisconsin para um comício com o ex-quarterback da NFL Brett Favre.

    O que é o Colégio Eleitoral das eleições dos EUA?

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