Há crescente onda de deserções na campanha de Biden, diz professor
Carlos Gustavo Poggio relata racha no Partido Democrata e e diz que jornais e doadores já abandonaram campanha do presidente dos EUA
O professor de Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio disse, em entrevista ao CNN Prime Time, que há uma crescente onda de deserções na campanha do presidente Joe Biden após o debate promovido pela CNN. Segundo o especialista, o Partido Democrata está “muito rachado” em relação à candidatura de Biden à reeleição.
De acordo com Poggio, a sequência de abandonos começou com os veículos de imprensa, tradicionalmente simpáticos ao presidente. “O The New York Times é o primeiro jornal grande a dizer que o Biden deveria desistir”, afirmou o professor, destacando que o periódico costuma endossar candidatos democratas há anos.
Doadores e figuras influentes retiram apoio
Além da imprensa, importantes doadores do partido também manifestaram sua insatisfação. Poggio citou o exemplo da herdeira do grupo Disney, que anunciou que não fará mais doações para a campanha de Biden.
O professor mencionou ainda a manifestação de George Clooney, ator politicamente articulado e próximo à família Obama, que escreveu um artigo pedindo a desistência de Biden. “Muita gente diz que ele teria tido um aval, se não uma aprovação, pelo menos um aval da família Obama”, especulou Poggio.
Biden isolado e irredutível
Apesar das crescentes pressões, o presidente Joe Biden mantém-se firme em sua decisão de concorrer à reeleição. Poggio observa que essa postura está isolando ainda mais o presidente dentro do próprio partido: “O Biden está meio insulado, né? Ele não escuta, talvez, um grupo muito grande de conselheiros.”
O especialista conclui que a insistência de Biden em permanecer na disputa não está promovendo a união do partido. Ao contrário, Poggio acredita que “o partido vai sair cada vez mais rachado desse processo”, comparando a atitude do presidente à de Donald Trump, que estaria “sendo egoísta em pensar mais nele do que no país”.
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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)
