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    Exclusivo CNN: juiz conservador apoia Kamala e chama Trump de ameaça à democracia

    J. Michael Luttig disse em documento obtido pela CNN que só o Partido Democrata pode reivindicar o manto de defensor e protetor da democracia americana nesta eleição

    Jamie GangelGregory Kriegda CNN

    O juiz aposentado de um tribunal federal de apelações J. Michael Luttig, um proeminente acadêmico jurídico conservador colocado no tribunal pelo presidente George H.W. Bush, apoia a vice-presidente Kamala Harris em detrimento do ex-presidente Donald Trump, cuja candidatura ele descreve como uma ameaça existencial à democracia americana.

    Será a primeira vez que Luttig, um veterano de duas administrações republicanas, votará num democrata.

    “Nas eleições presidenciais de 2024, há apenas um partido político e um candidato à presidência que pode reivindicar o manto de defensor e protetor da democracia americana, da Constituição e do Estado de Direito”, escreveu Luttig em comunicado obtido exclusivamente pela CNN. “Como resultado, votarei sem hesitação na candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.”

    Luttig desempenhou um papel importante ao persuadir o então vice-presidente Mike Pence a desafiar Trump e certificar a eleição presidencial de 2020. Numa série de tweets redigidos a pedido do advogado de Pence, Luttig expôs em termos contundentes a justificativa legal para Pence rejeitar a tentativa do ex-presidente de anular a vitória de Joe Biden.

    Desde então, Luttig emergiu como um crítico constitucional proeminente de Trump. Ao apoiar Harris, Luttig argumentou que as distinções partidárias devem, nesta eleição, ser postas de lado, a fim de evitar que o “singularmente inadequado” Trump volte à Casa Branca.

    “Ao votar na vice-presidente Harris, presumo que as suas opiniões políticas públicas são muito diferentes das minhas”, escreveu Luttig, “mas sou indiferente nesta eleição quanto às suas opiniões políticas sobre quaisquer questões que não sejam a democracia da América, a Constituição, e o Estado de Direito, como acredito que todos os americanos deveriam ser.”

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