Eleitorado latino e progressista da Georgia pode ajudar Kamala na eleição, diz professor à CNN
Professor Lucas de Souza Martins destaca importância do estado para a campanha da democrata, citando pesquisa que aponta vantagem nominal sobre Trump
Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada recentemente apontou uma vantagem nominal da democrata Kamala Harris sobre o republicano Donald Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos.
O professor Lucas de Souza Martins, em entrevista ao CNN 360°, analisou o cenário eleitoral e destacou a importância do estado da Geórgia para a campanha de Harris.
Segundo o especialista, o eleitorado latino e afro-americano, particularmente expressivo nas grandes cidades da Geórgia, pode ser um fator determinante para o sucesso da candidata democrata.
“No caso da Georgia, o que facilita ou que pode ajudar a Kamala Harris é, de fato, principalmente nas grandes cidades, existe um eleitorado latino e um eleitorado afro-americano bastante expressivo”, explicou Martins.
O professor ressaltou ainda o simbolismo de Harris como potencial primeira mulher e primeira mulher negra a ser eleita presidente dos Estados Unidos.
Este fator ganha ainda mais relevância considerando o histórico da Geórgia como berço de um dos maiores líderes dos direitos civis, Martin Luther King Jr.
Estratégias de campanha nos estados-chave
Martins também abordou as estratégias de campanha em outros estados cruciais, como Pensilvânia, Wisconsin e Michigan.
Nesses locais, tradicionalmente associados às indústrias e sindicatos americanos, o atual presidente Joe Biden tem se aproximado dos trabalhadores sindicalizados.
“O Joe Biden, mesmo antes de anunciar a sua tentativa de reeleição, já havia se aproximado enquanto presidente dos sindicatos, porque ele sabia que quando chegássemos ao momento de uma eleição em 2024, ele precisaria do apoio destes grupos”, afirmou o professor.
A escolha da Geórgia para a entrevista de Kamala Harris à CNN não é coincidência, segundo o especialista.
O estado representa uma oportunidade estratégica para a campanha democrata, aproveitando o ativismo político afro-americano e o crescente eleitorado latino.
Com a corrida presidencial se intensificando, a capacidade de Harris e Biden de mobilizar esses grupos demográficos-chave pode ser crucial para suas chances de vitória em 2024.