Casa Branca atribui culpa pela retirada do Afeganistão à administração Trump
Líderes militares aposentados emitiram carta criticando governo do ex-presidente
O porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, culpou o governo Trump pela retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, que foi descrita em um relatório do presidente de Relações Exteriores da Câmara, Michael McCaul, nesta segunda-feira (9).
“Primeiro, no mesmo dia em que este governo assumiu o cargo, o Talibã estava na posição mais forte que já esteve em anos. O governo afegão, na mais fraca. O governo Trump fechou um acordo chamado Acordo de Doha que determinou uma retirada completa dos EUA do Afeganistão, e sim, isso incluía a Base Aérea de Bagram”, disse Kirby aos repórteres.
O relatório divulgado nesta segunda-feira (9) foi criticado pelos democratas por ser politicamente motivado, sem revelar nenhuma informação nova.
Os republicanos disseram que a retirada, que resultou na morte de 13 militares após uma explosão perto do aeroporto de Cabul, foi um fracasso do governo Biden. Kirby se recusou a “insistir” mais nos comentários da Casa Branca sobre a natureza partidária do relatório.
Líderes militares aposentados também colocam a culpa na administração Trump. Vários oficiais militares aposentados emitiram uma carta em apoio à vice-presidente Kamala Harris enquanto os republicanos tentam vinculá-la à retirada dos EUA do Afeganistão em 2021.
A carta vem depois que republicanos e democratas da Câmara emitiram documentos conflitantes culpando os erros cometidos na saída dos EUA do Afeganistão. O relatório republicano cita Kamala como tendo trabalhado “em sintonia com o presidente Biden nos bastidores para retirar todas as tropas dos EUA”. Ele também visa implicar a vice-presidente em suas acusações ao se referir ao governo atual como “a administração Biden-Harris”.
O grupo de generais aposentados criticou o ex-presidente Donald Trump por “colocar os militares em perigo” enquanto ele estava no cargo e argumentou que ele não deixou a administração Biden em posição de executar uma retirada de forma eficiente.
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