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    Biden reconhece a aliado que próximos dias são cruciais para salvar candidatura

    Momento crítico acontece após desempenho ruim no Debate da CNN e pressão interna no partido Democrata

    Da CNN

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu reservadamente que os próximos dias são cruciais para saber se ele pode salvar sua candidatura à reeleição.

    “Ele vê o momento. Ele tem uma visão lúcida”, disse uma fonte à CNN. O New York Times foi o primeiro a relatar que Biden reconheceu o perigo que sua candidatura corre.

    “As pesquisas [de intenção de voto] estão despencando, a arrecadação de fundos está secando e as entrevistas estão indo mal. Ele não está alheio [a isso]”, destacou a fonte.

    Assim, o presidente não teria dúvida sobre quais acontecimentos nas próximas semanas o fariam reconhecer que as tentativas de compensar o desempenho ruim no Debate da CNN falharam.

    Desde o desempenho ruim de Biden no Debate da CNN, democratas em todo o país expressaram grande preocupação. Alguns partidários eleitos até começaram a pedir publicamente que Biden desistisse da candidatura pelo bem do partido.

    Na conversa privada de terça-feira, Biden também foi “repreendido” ao “culpar a si mesmo” — não sua equipe — pelo desempenho no debate.

    “Ele [Biden] disse: ‘Eu fiz muita política externa'”, relatou a fonte pessoa. Biden teria afirmado que as viagens consecutivas à França e à Itália — e a exaustão que isso causou — foram prejudiciais, mas que ele queria deixar o debate para trás.

    O presidente pontuou durante evento de arrecadação de fundos na Virgínia na terça à noite que fazer duas viagens importantes ao exterior logo antes do debate foi uma má ideia.

    Após a publicação da matéria pelo New York Times, Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca, escreveu nas redes sociais: “Essa alegação é absolutamente falsa”.

    Campanha nega que Biden considere desistir

    Durante entrevista à CNN nesta quarta-feira (3), Quentin Fulks, um dos principais assessores da campanha de Joe Biden, chamou a reportagem do New York Times sobre o presidente avaliar desistir da candidatura de “falsa”.

    Fulks foi perguntado se a próxima entrevista de Biden com George Stephanopoulos, da ABC, e as recentes pesquisas ruins influenciarão a decisão do democrata de permanecer na disputa.

    “Não acho que isso vá decidir”, afirmou o assessor, acrescentando que a campanha quer que os eventos corram bem, mas que ele não “acha que [esses eventos tenham] influência sobre se alguém continuará concorrendo à Presidência dos Estados Unidos”.

    “Obviamente, houve 90 minutos de um desempenho ruim no debate, mas isso não define o histórico de realizações, isso não define a visão que o presidente Biden tem”, pontuou o vice-gerente principal da campanha.

    “O presidente tem conversado com vários líderes democratas. Acho que o que estamos sentindo nas pessoas é um senso de urgência e medo de Donald Trump”, afirmou, adicionando que Biden tem garantido a esses líderes que ele ainda está na disputa.

    *com informações da Reuters

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