Análise: Trump pode usar aparente atentado para pautar eleição nos EUA
Analista da CNN Fernanda Magnotta comenta o incidente envolvendo o ex-presidente e como isso pode impactar a campanha eleitoral
Fernanda Magnotta, analista de política da CNN, destacou que o suposto atentado contra o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, no último domingo (15), possui diversas camadas que precisam ser analisadas.
A primeira delas diz respeito às necessidades do próprio Serviço Secreto americano.
“A gente já vem de um processo de reestruturação desde o atentado anterior do Trump com mudanças na liderança, e agora o Joe Biden dá a entender que seria o caso de angariar recursos e de repente aumentar o efetivo para conseguir dar suporte às necessidades do órgão”, explica Magnotta.
A analista ressalta que a estrutura do Serviço Secreto atende não apenas ao presidente atual, mas também a vice-presidentes, ex-presidentes e candidatos em ano eleitoral, o que aumenta consideravelmente a demanda por segurança.
Potencial impacto na narrativa eleitoral
Além das questões de segurança, Magnotta aponta para o potencial uso político do incidente pela campanha de Trump:
“É um episódio com menos potência do que o episódio anterior, mas que acontece num timing melhor do ponto de vista de discurso de campanha no sentido de beneficiar Donald Trump na retomada de protagonismo”, analisa.
A especialista argumenta que o incidente pode dar a Trump a oportunidade de pautar novamente as eleições, algo que ele vinha tendo dificuldade desde a troca da candidatura democrata.
Ela cita um estrategista político que afirma: “Quem ganha a eleição é sobre quem as pessoas falam”;
O incidente, embora indesejado, pode funcionar como uma alavanca para a retomada do protagonismo do ex-presidente na corrida presidencial.
FBI investiga o incidente
Segundo informações, um atirador foi encontrado a uma distância de aproximadamente 500 metros de Trump.
O FBI, a agência federal de investigações dos Estados Unidos, classificou a aparente tentativa de assassinato de Donald Trump como algo “extremamente sério”, de acordo com o agente especial encarregado Jeffrey B. Veltri, do FBI Miami.