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    Vitória de Biden em Nevada, Arizona e Geórgia enfraqueceria alegações de fraude

    Maurício Moura, pesquisador Universidade George Washington e CEO do IDEIA Big Data, diz que resultado nesses estados influenciará estratégia jurídica de Trump

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    Se o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, vencer as disputas na Geórgia, no Arizona e em Nevada, três dos seis estados com apuração em andamento, os argumentos de fraude manifestados pelo presidente Donald Trump perdem o fundamento, de acordo com Maurício Moura, pesquisador Universidade George Washington e CEO do IDEIA Big Data.

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    “Por enquanto, não vemos nenhuma materialidade que dê razão para uma judicialização mais complexa. [Os republicanos] pediram recontagem no Wisconsin, talvez peçam na Geórgia, mas todas as alegações da campanha de Trump nos sistemas jurídicos não viraram ação judicial”, disse Moura, em entrevista à CNN.

    “Mas vamos supor que a campanha do Trump tenha sucesso e consiga levar o caso para a Suprema Corte. É importante mencionar que, desde o caso Gore x Bush, em 2000, o Supremo tem tomado decisões que deixam a cargo dos estados as decisões eleitorais”, completou, ressaltando ainda nao haver materialidade para a judicialização da apuração.

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    Sobre os resultados de Biden no Arizona, estado tradicionalmente republicano, mas que é liderados pelo democrata, o professor afirmou que a mudança começou em 2018 e se deve, principalmente, a uma imigração latina e jovem para a região.

    “Já na Geórgia, o que percebemos é que nessa eleição houve um comparecimento muito forte, principalmente em Atlanta e Savannah, onde o contingente afro-americano é muito grande, mas não tinha o histórico de comparecimento dessa eleição. O que foi feito para mobilizá-los, foi histórico”, disse.

    Maurício Moura, professor da Universidade George Washington
    Maurício Moura, professor da Universidade George Washington, fala à CNN sobre a apuração das eleições nos EUA
    Foto: CNN Brasil (6.nov.2020)

    Moura afirmou também que, apesar de ainda não ser possível fazer uma análise definitiva sobre o desempenho das pesquisas prévias desta disputa nos EUA, de forma geral os resultados ficaram dentro do esperado.

    “Tem um estado que ficou fora da curva, que é o Wisconsin, onde todas as pesquisas projetaram que o Biden ia ganhar com diferença de dois dígitos. Mas em geral as pesquisas foram muito aderentes dentro da margem de erro. Talvez na Flórida algumas tenham invertido o vencedor, mas também ficaram dentro da margem de erro”, disse.