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    Trump pede à Suprema Corte que invalide milhões de votos em estados-chave

    Ação judicial pede invalidação de votos na Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin

    O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nessa quarta-feira (9) à Suprema Corte do país que bloqueie os milhões de votos de quatro estados-chave que votaram no presidente eleito Joe Biden.

    O pedido do republicano foi feito em um processo apresentado ao tribunal no qual pede que este intervenha na ação movida pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, que busca invalidar milhões de votos nos estados da Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

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    Trump é representado pelo novo advogado John Eastman, conhecido por promover recentemente uma teoria racista de conspiração, questionando se a vice-presidente eleita Kamala Harris estaria apta a disputar o cargo já que os pais dela são imigrantes.

    A decisão de Trump surge um dia após a Corte negar o pedido dos republicanos da Pensilvânia para bloquear a certificação dos resultados da eleição na região. A ordem foi emitida sem dissidências ou comentários de qualquer um dos nove juízes.

    Há semanas, o atual presidente dos EUA tenta desesperadamente apelar na Justiça, a partir de teorias sem base alguma, para evitar que seu segundo mandato seja, como ele diz, roubado.

    “Nosso país está profundamente dividido de formas que, sem dúvida, não eram vistas desde a eleição de 1860”, diz a petição. “Há um alto nível de desconfiança entre os lados opostos, agravado pelo fato de que, na votação que acabou de ser realizada, funcionários das eleições em estados-chave, por aparente vantagem partidária, falharam em conduzir suas eleições estaduais em conformidade com a lei eleitoral estadual.”

    Ecoando os argumentos apresentados pelo Texas, Trump afirma que os estados-chave usaram a pandemia de Covid-19 “como uma desculpa” e “ignoraram ou suspenderam a validade de numerosas leis estaduais designadas para proteger a integridade do voto”.

    Ele pede que o tribunal impeça os estados de usarem “os resultados eleitorais constitucionalmente fracos de 2020”, a menos que as legislaturas dos estados “revisem os resultados das eleições 2020”.

    Trump destacou ainda que, se nenhum dos estados “apresentou os eleitores do Colégio Eleitoral usando os resultados das eleições 2020”, as legislaturas têm a autoridade de apresentar “um novo grupo de eleitores”. 

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)

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