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    Pesquisa CNN: No fim da campanha, Biden lidera no Michigan e Wisconsin

    Disputa está apertada nos estados do Arizona e Carolina do Norte; esses quatro estados foram vencidos por Trump em 2016

    Jennifer Agiesta, diretora de pesquisas da CNN



     

    O ex-vice-presidente Joe Biden tem vantagem nos estados do meio-oeste americano Wisconsin e Michigan, de acordo com uma pesquisa da CNN conduzida pela SSRS, mas a corrida entre ele e o presidente Donald Trump está mais apertada no Arizona e Carolina do Norte.

    Trump venceu nesses quatro estados em 2016, e uma derrota na terça-feira (3) em qualquer um deles fará seu caminho aos 270 votos no colégio eleitoral mais difícil.

    As pesquisas, conduzidas conforme a campanha chega ao fim, mostram pouco movimento na corrida presidencial comparadas a pesquisas anteriores da CNN em cada estado. 

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    Os levantamentos sugerem que Biden conquistou uma vantagem ampla entre os eleitores que já depositaram suas cédulas pelo correio ou por votação antecipada, com Trump liderando por margem considerável entre os que ainda irão votar. O tamanho do bloco desses eleitores na terça-feira pode ditar o resultado da corrida. 

    No Arizona e Wisconsin, os resultados da pesquisa estão mais ou menos na média de outras pesquisas públicas recentes de alta qualidade. O levantamento no Arizona mostram uma corrida dentro da margem de erro, com Biden com 50% do apoio e Trump, 46%. No Wisconsin, Biden tem a liderança, com 52% e Trump, com 44%. 

    O resultado na Carolina do Norte mostra Biden ligeiramente a frente de Trump, 51% a 45%, pouco fora do limite da margem de erro de quatro pontos para mais ou para menos. A média de pesquisas públicas no estado sugerem uma corrida um pouco mais acirrada pela presidência do que mostra esse levantamento, apesar de uma pesquisa NBC News/MArist College lá nesta semana também descobrir uma liderança apertada para Biden. 

    No Michigan, os resultados sugerem uma margem mais ampla do que a maioria das últimas pesquisas por lá, com 53% para Biden e 41% para Trump, mas os resultados estão dentro da margem de erro da média estimada de apoio para cada um dos concorrentes. 

    Donald Trump e Joe Biden durante o último debate antes da eleição presidencial d
    Donald Trump e Joe Biden durante o último debate antes da eleição presidencial dos Estados Unidos
    Foto: Reprodução/CNN (22.out.2020)

    Recortes demográficos

    No Michigan e no Wisconsin, eleitores brancos são uma parcela maior da população do que no Arizona ou na Carolina do Norte, e eles também têm maior probabilidade de apoiar Biden no Michigan e wisconsin do que tanto no Arizona quanto na Carolina do Norte. Eleitores brancos com diplomas universitários nos dois estados mais ao norte favorecem Biden por margens amplas, 61% apoiam o ex-vice-presidente, comparado a cerca de metade no Arizona e na Carolina do Norte. A maioria de brancos sem ensino superior completo apoia Trump, com seu apoio mais forte entre esse grupo na Carolina do Norte, onde 64% favorecem o atual presidente. 

    Há diferenças consideráveis de gênero nos quatro estados, com 55% das mulheres ou mais apoiando Biden em cada um desses, enquanto homens preferem Trump na Carolina do Norte e Arizona e se dividem igualmente entre os dois no Michigan e Wisconsin. 

    Nas duas questões-chaves para a campanha de 2020 —a economia e a pandemia do novo coronavírus—, os eleitores divergem sobre quaal candidato lidaria com cada uma. Biden tem vantagem considerável como mais confiável para lidar com o vírus em todos os estados, com sete pontos percentuais a mais no Arizona, a sua menor margem. Eleitores no Arizona e Carolina do Norte preferem ver a economia nas mãos de Trump (54% Trump e 43% Biden no Arizona; 51% Trump e 46% Biden na Carolina do Norte), e os dois candidatos estão no mesmo patamar nesta questão no Michigan (49% Trump e 48% Biden) e Wisconsin (49% Biden a 48% Trump) mesmo com a vantagem mais ampla de Biden na preferência geral por lá. 

    A maioria dos prováveis eleitores nos quatro estados, no entanto, desaprovam a maneira com que Trump lida com a presidência, de 51% de desaprovação no Arizona a 56% no Michigan. 

    Apoiadores de Trump em todos os quatro estados estão depositando suas cédulas eleitorais para mostrar aprovação pelo presidente. Mais de 7 em cada 10 eleitores de Trump dizem que seu voto é mais pró-Trump do que anti-Biden (79% no Wisconsin, 77% no Arizona e Michigan e 71% na Carolina do Norte). Entre os apoiadores de Biden, porém, as opiniões estão mais divididas. Uma maioria no Wisconsin diz que seu voto é mais pró-Biden do que anti-Trump (52%), mas há quase empates no Arizona (48% contra Trump, 45% a favor de Biden), Michigan (47% a favor de Biden, 42% contra Trump) e na Carolina do Norte (45% a favor de Biden, 43% contra Trump). 

    Em todos os quatro estados, Biden é visto como o candidato mais empático e mais apto a unir o país. Eleitores no Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin dizem que Biden, mais que Trump, tem um plano claro para resolver os problemas do país. No Arizona, os eleitores estão divididos de maneira igualitária nesta questão. E eleitores em três estados, Arizona, Carolina do Norte e Wisconsin, estão divididos quase igualitariamente sobre quem manteria os americanos seguros. Trump tem vantagem no Arizona e Wisconsin como o candidato com energia e perspicácia para ser o presidente, enquanto eleitores na Carolina do Norte e Michigan estão divididos igualmente nesta questão. 

    As pesquisas CNN no Arizona, Michigan, Carolina do Norte e Wisconsin foram conduzidas por telefone de 23 a 30 de outubro entre amostras aleatórias de cerca de 1.000 adultos em cada estado. Isso incluiu 865 prováveis eleitores no Arizona, 907 prováveis eleitores no Michigan, 901 prováves eleitores na Carolina do Norte e 873 prováveis eleitores no Wisconsin. Resultados entre prováveis eleitores têm margem de erro de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos no Arizona, 3,8 pontos no Michigan, 4 pontos na Carolina do Norte e 3,9 pontos no Wisconsin. É mais alto entre subgrupos. 

    (Texto traduzido, leia o original em inglês)